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Jaru, 19 de maio de 2024

Jaru: Vereador preso em flagrante recebendo propina pedirá cassação do prefeito

Uma suposta tentativa de evitar a perca de recursos destinados a iluminação da linha 605, resultou ao prefeito Inaldo Pedro Alves (PMDB), na investigação de sua conduta por uma Comissão Processante aberta pela Câmara Municipal de Vereadores de Jaru.

O presidente da comissão, vereador Valdecir Cesco Orlandini, que tem como relator Josemar Figueira concluiu que, Inaldo, cometeu crime, por suposta falsificação de documento público, prevaricação e improbidade administrativa. Valdecir informou que pedirá na próxima sessão a cassação do prefeito Inaldo Pedro.

 

Prisão de Valdecir 

 

Em 26 de outubro de 2015, Valdecir Cesco Orlandini, foi preso em flagrante pela Policia Civil recebendo propina do secretário de governo da época, Valdir de Jesus. O pedido de propina foi denunciado à polícia que acompanhou o caso até o desfecho com a prisão do vereador, que na ocasião era presidente da Câmara de vereadores.

Ele queria R$ 20 mil por mês, retroativo a meses de “serviços” prestados a prefeita Sonia Cordeiro, e R$ 10 mil mensal a partir daquele período. O vereador teria se proposto em troca, derrubar 3 CPIs contra prefeita. Valdecir também exigia a extinção de uma multa de seu loteamento.

 

Câmara absolve Valdecir

Em uma seção tumultuada ocorrida em 26 de outubro de 2015, Valdecir Orlandini, foi inocentado pela Câmara de Vereadores em uma sessão realizada com a votação nominal, tendo como resultado cinco (05) votos, a favor da cassação de seu mandato e nove (09) contra. Não atingindo assim os 10 votos necessários para sua destituição do cargo.

 

Na justiça

A ação foi ajuizada em 12 de novembro e tramita na 1ª Vara Criminal.

O vereador está sendo processado judicialmente por cobrar vantagens indevidas em troca de apoio ao Executivo Municipal, dentre elas, em uma gravação o vereador aparece cobrando uma espécie de “mensalinho”, em sua defesa ele sustenta que é inocente, pois foi vítima de uma armação da ex-prefeita Sonia Cordeiro.

 

 

A denúncia contra o prefeito Inaldo

 

A denúncia alega manobras ilegais promovidas pelo prefeito, na tentativa de evitar a perda de recursos do convênio 08/2012 referente à iluminação pública da linha 605.

Versa na representação, que o convênio já havia sido prorrogado por diversas vezes pela ex-prefeita Sonia Cordeiro, e teria o último prazo de expiração em 08/02/2016, situação que configura que o representado na data de 12/01/2016 teria protocolado junto ao Departamento de Obra e Serviço Público do Estado, por meio da servidora Luzinete Costa Gomes, documento pedindo prorrogação do convênio.

Entretanto a representação afirma que o denunciado falsificou o documento, pois a servidora pública em questão não trabalhava mais naquele órgão desde o dia 31/07/2015, estando esta, a partir da data mencionada, lotada na Assembleia Legislativa de Rondônia. Após o vencimento do prazo, o representado teria alegado que havia encaminhado oficio 04/2016 em tempo hábil.

O DER teria respondido o oficio informando que o documento foi recebido pela servidora que já não fazia mais parte daquele departamento. Após este fato, o representado enviou o Projeto de lei, a Casa Legislativa Municipal, visando devolver o dinheiro do convênio alegando como motivo, a perca do mesmo por não ter conseguido a prorrogação do prazo.

 

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