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Jaru, 3 de dezembro de 2024

Jaru: Mapa da escuta especializada de criança e adolescentes aponta vítimas de abuso sexual e perfil de seus abusadores

A Escuta Especializada de Criança de Adolescentes colocada em pratica no município pela atual gestão, por sugestão do núcleo da Defensoria Pública de Jaru, tem garantido o direito e a proteção de crianças e adolescentes.

 

Neste 18 de maio, dia Nacional de combate ao abuso sexual de criança e adolescente, também comemorado como “Maio Laranja” profissionais integrantes da rede de proteção da Assistência Social de Jaru, estiveram na tribuna da Câmara Municipal expondo as ações e os números de atendimentos.

 

Conforme o relatório divulgado pela psicóloga Lucinete Cavalcante, os trabalhos iniciados em agosto de 2020, já colheram 36 escutas com relatos de vítimas de abusos sexuais, destes 28 foram realizados contra crianças do sexo femininos e 08 masculinos.

 

As idades das vítimas variam de quatro a 18 anos, 19 delas sofreram conjunção carnal, 13 foram molestadas fisicamente, 2 duas sofreram maus tratos pela mãe, e duas foram vítimas de vídeos de pedofilia.

 

Os autores dos crimes quase sempre foram realizados por pessoas próximas, 63,88% dos crimes foram cometidas no seio familiar, sendo sete realizados pelos pais biológicos, 10 por padrastos, um por avô, dois por tios, dois por primos, três por vizinhos, dois por amigos da família, quatro por desconhecidos e quatro por líderes religiosos.

 

Um dos casos de maior complexidade acolhido pela rede de proteção, refere-se a uma criança de sete anos abusada por sete irmãos.

 

A Escuta Especializada já contribuiu para prisão de três acusados, outros estão sendo investigados.

 

Para psicóloga Lucinete, a quarentena ocasionada pela pandemia tem elevado o número de abusos no seio familiar e também dificultado as denúncias, uma vez que na escola a criança tem mais facilidade em denunciar os abusadores.

 

Todas as crianças relataram e demonstraram consequências dos abusos e das ameaças físicas e psicológicas. De acordo com a psicóloga, o aspecto intelectual das vítimas quase sempre fica comprometido, causando depressão, pânico, stress pós traumático, desvio de conduta, o que prejudica todo o aspecto de desenvolvimento social da criança e adolescente.

 

A Secretaria de Assistência Social, Edileusa Sena, destacou o papel da sociedade no combate a estes abusos, denunciando os acusados aos órgão competentes.

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Fonte: Jaru Online


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