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Jaru, 19 de maio de 2024

Carrefour é banido de índice de boas práticas da Bolsa após morte de Beto Freitas

A S&P e B3 decidiram remover as ações do Carrefour de um índice recém-lançado que reúne mais de 90 empresas que seguem boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa. 

Segundo comunicado, o comitê responsável pelo índice S&P/B3 Brasil ESG decidiu retirar os papéis do Atacadão SA — que abarca as operações do Carrefour e do “atacarejo” — da relação de papéis após análise desencadeada pela morte de Beto Freitas em uma unidade em Porto Alegre.

Negro, Beto Freitas foi espancado até a morte por seguranças privados brancos após um desentendimento. Seu assassinato gerou uma onda de protestos contra o Carrefour no Brasil. Desde então, a permanência da empresa francesa em índices de boas práticas ESG vinha sendo questionada.

A decisão da S&P e da B3 valerá a partir do pregão de 14 de dezembro. O índice S&P/B3 Brasil ESG foi lançado pela B3 e pela S&P Dow Jones em setembro. 

O Carrefour tem um peso pequeno no índice, inferior a 1%. Entre as empresas mais relevantes para o índice estão companhias como Renner, Itaú, Banco do Brasil e Cielo. 

O índice é o primeiro da S&P voltado para o ESG no Brasil. A S&P, uma das líderes globais na criação de índices financeiros, já tem índice semelhante no México.

O Globo


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