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Jaru, 18 de maio de 2024

Justiça condena homem por usar selfies de empresária para atrair e extorquir vítimas após sexo virtual

A Justiça condenou por crime de falsa identidade e por danos morais um morador de Sorocaba (SP) que criou um perfil falso em uma rede social e usou fotos de uma empresária para aplicar golpes em homens. A condenação em segunda instância é do dia 27 de outubro.

Segundo apurado pelo G1, o caso foi registrado entre 2014 e 2016. De acordo com a sentença de danos morais, o homem entrava em contato com os alvos com imagens de uma empresária que conheceu em uma balada.

As selfies retiradas das redes sociais da vítima alimentou outra conta com nome diferente. Também com fotos eróticas aleatórias da web e em ângulos que não mostravam o rosto da pessoa, ele as usava dando a entender que eram da empresária. O perfil fake era mantido tanto na rede social quanto em um aplicativo de mensagens.

Para aplicar o crime, conforme a reportagem apurou, ele entrava em contato com homens e fazia “sexo virtual”. Ao conseguir fotos deles nus, passava a extorquir as vítimas com ameaças de terem as imagens divulgadas nas redes ou para as esposas.

Caso à tona

Ainda conforme apurado pelo G1, sem saber que tinha a foto usada, a mulher que teve a imagem usada por anos chegou a ser abordada na rua e questionada sobre supostos programas.

Conforme relatado pela vítima, uma das esposas dos homens a encontrou na rua e a ameaçou para que ela parasse de enviar fotos nuas ao marido. O caso, então, veio à tona quando a vítima conseguiu entrar em contato com um dos homens, que encaminhou algumas das imagens.

Com medo de um possível ataque, ela registrou um boletim de ocorrência sobre o caso. A Polícia Civil relatou o inquérito à Justiça, que o condenou por falsa identidade na esfera criminal.

De acordo com o advogado de defesa da empresária, Claudio Dias Batista, o condenado usava fotos de mulheres nuas que encontrava na internet.

Em primeira instância pela Vara Cível de Pilar do Sul, o réu também foi condenado a pagar R$ 5 mil. O valor aumentou para R$ 15 mil pelo Tribunal de Justiça.


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