O taxista Aparecido Rodrigues Lopes, o “Leão”, de 66 anos, trocou mensagens via Whatsapp com um amigo por nome de Junior, relatando todo seu drama vivido nas últimas horas que antecederam sua morte na capital. Os médicos que lhe atenderam, bem como a Prefeitura Municipal de Porto Velho, confirmaram que o taxista estava com suspeita de infecção por Coronavírus.
Os áudios trocados entre o Leão e o amigo demonstra a rapidez do agravamento de seu caso, e o óbito.
Leão, relata suas buscas por atendimento e sua impossibilidade financeira de pagar por um exame de Raio-X particular, uma vez que o equipamento público estaria quebrado. Ele relata que sua advogada iria lhe emprestar o dinheiro, porem ele veio a óbito antes que realizasse o exame.
O taxista esclarece que em seu primeiro atendimento foi afastada a suspeita de Coronavírus, demonstrando muita fé ele disse acreditar naquele momento, que seria apenas uma gripe, e logo iria se curar.
Em outro áudio, Leão já com a voz bastante comprometida, informa que estaria saindo de uma internação do hospital, e que os médicos já lhe consideravam estar acometido da infecção por COVID-19.
Na oportunidade o médico que lhe atendeu demonstrou solidariedade e lhe ajudou a comprar os medicamentos e lhe recomendou que fosse para sua casa e seguisse os protocolo de isolamento, solicitando a ele que fizesse o Raio-x particular e lhe entregasse em mãos, o mais rápido possível.
No áudio, seu amigo também se mostrou indignado pelo fato do estado não ter um aparelho de Raio-X, ele se comprometeu a ajudar Leão no dia seguinte, Leão então se despediu do amigo com uma mensagem de fé e otimismo.
O corpo do taxista foi encontrado durante a manhã desta quarta-feira (08) em sua cama, em uma vila de apartamentos na Rua Uruguai, Bairro Nova Porto Velho.
Acompanhe o áudio:
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