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Jaru, 30 de abril de 2024

Vereador de Cacoal é conduzido à delegacia

Logo pela manhã desta quarta-feira (25), informações começaram a circular pelo WhatsApp dando conta de que policiais estavam em frente à casa do vereador Zebim Brizon.

 

De acordo com populares, os policias chegaram à casa de Zebim descaracterizados, mas armados. Os veículos dos políciais também não estavam caracterizados. A residência do vereador de Cacoal esta localizada na avenida Sete de Setembro, no Bairro Brizon.

 

Após alguns contatos por parte da equipe do jornal Tribuna Popular, houve a confirmação de que Zebim Brizon foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. Familiares de Zebim estariam acompanhando a ação, visivelmente abalados, chorando.

 

A equipe do jornal Tribuna Popular já se dirige à DP, em busca de maiores informações e para confirmar todas as informações até então divulgadas.

 

INFORMAÇÕES ATUALIZADAS – Parte 1

 

Segundo informações colhidas na Delagacia de Polícia, além do vereador Zebim Brizon, outras duas pessoas também foram conduzidas até a delegacia e mais três pessoas ainda devem ser encaminhadas à DP. Policiais estão na rua, dando continuidade à operação, que envolve também policiais de Ministro Andreazza e Espigão D’Oeste. Ao todo, 30 policiais estariam na operação.

 

De  acordo com as informações, Zebim Brizon está sendo ouvido neste momento (8h48) pela delegada Érica Demarch, titular da delegacia em Cacoal.

 

O clima na delegacia parece ser tenso e toda a imprensa de Cacoal já acompanha os fatos.

 

ATUALIZAÇÃO – Parte 2

 

De acordo com fontes seguras, contatadas pela equipe do jornal Tribuna Popular por volta do meio-dia, a operação policial desta quarta-feira tem relação com o homicídio de Uelinton Brizon, em janeiro deste ano. Durante as buscas desta manhã, Zebim Brizon e um de seus filhos acabaram sendo flagranteados por porte ilegal de armas. Os dois prestaram depoimento, pagaram fiança e foram liberados. De acordo com a fonte do jornal Tribuna, diversas buscas foram realizadas relacionadas ao crime que tirou a vida de Uelinton Brizon. Durante a investigação policial em curso, pessoas ligadas àos envolvidos revelaram que haviam sérias desavenças familiares entre a vitima, Uelinton, e seu tio, o vereador Zebim Brizon.

 

Não há provas ainda do envolvimento de Zebim Brizon no homício, mas as investigações continuam. Conforme as informações, esta é apenas uma nova fase da investigação.

 

O crime que tirou a vida do jornalista Uelinton Brizon ganhou repercussão nacional e internacional. Logo após o homicídio, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas divulgou uma nota cobrando investigação rápida e minuciosa. Confira na íntegra:

 

Jornalista brasileiro é morto na região amazônica

São Paulo, 18 de janeiro de 2018 – As autoridades brasileiras devem iniciar uma investigação minuciosa sobre o assassinato do repórter Ueliton Bayer Brizon e levar os responsáveis ​​à justiça, afirmou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

 

Na manhã de 16 de janeiro, um agressor desconhecido matou Brizon a tiros quando ele conduzia a esposa ao trabalho, na cidade de Cacoal, no estado de Rondônia, localizado na Amazônia Legal, de acordo com os colegas e informações da imprensa.

 

O suspeito disparou na motocicleta do casal, fazendo com que a esposa, que não foi atingida, caísse, disse ao CPJ Siderlandio Simões de Oliveira, presidente da Associação de Imprensa Cacoalense.

 

O assassino, então, atirou em Brizon três ou quatro vezes; o jornalista morreu ao chegar ao hospital, de acordo com o noticiário.

 

O CPJ não conseguiu contatar a família de Brizon via Facebook ou telefone para obter comentários.

 

“As autoridades devem realizar uma investigação rápida e confiável sobre o assassinato de Brizon e levar os responsáveis à justiça”, disse em Nova York o vice-diretor executivo do CPJ, Robert Mahoney. “O homicídio de Brizon é um sinal preocupante depois de dois anos de declínio em casos de assassinato de jornalistas no Brasil e uma dura lembrança de que jornalistas brasileiros que cobrem problemas locais ainda enfrentam um risco significativo ao fazer o seu trabalho”.

 

O delegado encarregado de investigar a morte de Brizon não retornou os vários telefonemas do CPJ.

 

No entanto, reportagens locais informaram que a polícia não efetuou nenhuma prisão e estava investigando todas as linhas de inquérito.

 

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) do Brasil pediu uma rápida investigaçãoem meio a preocupações de que “a impunidade … é um sério problema em nosso país”.

 

Brizon, 35, era o proprietário e único repórter do Jornal de Rondônia, que se concentrava principalmente em notícias de Cacoal, cidade de aproximadamente 80 mil habitantes, disse Oliveira.

 

Ele também foi membro do partido político Partido Humanista da Solidariedade e vereador municipal suplente do partido. Ele não ocupou cargos políticos.

 

Oliveira e outros colegas disseram não acreditar que Brizon já tivesse sido ameaçado.

 

Apesar de alguns progressos no combate à impunidade por crimes contra jornalistas e um declínio significativo nos homicídios de jornalistas nos últimos dois anos, a mídia brasileira continua enfrentando ameaças significativas. A pesquisa do CPJ mostra que 38 jornalistas foram assassinados em relação direta com seu trabalho desde 1992.

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