O novo saque das contas do FGTS, ainda em estudo pelo governo, deverá ficar próximo a um salário mínimo (em R$ 1.045) por conta, ativa e inativa, para todos os trabalhadores. Este valor foi apontado por técnicos da equipe econômica como sendo o limite para não prejudicar a política social do Fundo nas áreas de habitação e saneamento.
A medida abrange 60 milhões de contas e pode injetar na economia R$ 35 bilhões. Este valor considera os R$ 21,5 bilhões que serão repassados do Pis/Pasep para reforçar a contabilidade do FGTS, mais R$ 14 bilhões que não foram retirados no saque imediato do FGTS.
Segundo técnicos que participam das discussões, outros cenários também estão sendo avaliados e a decisão será do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ainda não há data para ser apresentada. A nova rodada de saque será implementada por medida provisória (MP), que vai definir também prazos e cronograma para que a Caixa Econômica Federal faça os pagamentos.
Inicialmente, os técnicos pretendiam aguardar o encerramento do exercício do Fundo do Pis/Pasep, em 30 de junho, para autorizar a nova rodada de saques do FGTS, mas diante do agravamento da crise, a ordem foi acelerar os trabalhos. A medida faz parte das ações do governo para amenizar os efeitos do novo coronavírus na renda dos trabalhadores.
Em julho do ano passado, o governo editou uma MP, autorizando um saque emergencial de R$ 500 nas contas ativas e inativas do FGTS para estimular a economia. O texto aprovado pelo Congresso Nacional elevou o valor para R$ 998. Mas só para quem tinha até este valor na conta vinculada naquela data.