O dia 30 de março de 2021 carrega duas tristes marcas da pandemia de Covid-19 em Rondônia. Há exato um ano, o governo do Estado anunciava a primeira morte pela doença, ocorrida em Porto Velho, no dia anterior. Após esse período, o estado chega a marca de 4 mil vidas perdidas para o coronavírus.
Este número foi alcançado no penúltimo dia do mês mais letal da pandemia até agora. Foram 1.196 mortes entre os dias 1º e 29 de março de 2021. Quase o dobro do que foi registrado no mês de fevereiro, que havia sido o pior até então.
O avanço da tragédia está descontrolado, há 3 semanas Rondônia registrava 3 mil mortos pela pandemia.
Cemitério em Rondônia — Foto: Armando Júnior/Rede Amazônica
A primeira vítima em Rondônia foi uma idosa de 66 anos. Ela foi internada no dia 28 de março no Hospital Cemetron, com febre e tosse. A mulher morreu na madrugada do dia 29 por complicação no quadro respiratório. No dia seguinte, foi divulgado o resultado positivo para coronavírus.
Doze dias depois, em 9 de abril, foi confirmada a segunda morte por coronavírus em Rondônia. O homem de 67 anos morava em Porto Velho e trabalhava como taxista. Ele foi encontrado morto em uma vila de apartamentos no bairro Nova Porto Velho. O homem era hipertenso e diabético.
Mortes em RO mês a mês
O gráfico com a evolução no número de mortes mostra um crescimento expressivo entre maio e julho de 2020. Mesmo com um número alto, julho marcou o início de uma queda nos dados, que durou até o mês de outubro.
O abrandamento da pandemia permitiu que muitas cidades fossem enquadradas na Fase 4 do plano Todos por Rondônia, com abertura ampla do comércio, boates, balneários, cinemas e permissão para realização de eventos com até duas mil pessoas.
Já em janeiro, com o número de casos e mortes aumentando, o governo do Estado passou a adotar restrição na circulação noturna e retorno das cidades às fases mais restritivas do plano de reabertura. Atualmente, a restrição de circulação é de 21h às 6h do dia seguinte e apenas atividades consideradas essenciais podem abrir nos finais de semana.
Rondônia está no pior cenário da pandemia até agora. A rede pública de saúde está em colapso e a rede privada chegando a ele. Rondonienses precisam ser transferidos para outros estados por causa da fila de espera por leitos de UTI. A vacinação acontece a conta-gotas. Festas com aglomerações são flagradas diariamente. A tragédia avança com rapidez e os espaços nos cemitérios estão se esgotando.
G1/RO