A conclusão do documento, considerada de “baixa confiança” pelo próprio departamento, é relevante porque a agência supervisiona uma rede de laboratórios nacionais dos EUA, alguns dos quais conduzem pesquisas biológicas avançadas.
O FBI já havia concluído em 2021 que a pandemia provavelmente foi resultado de um vazamento de laboratório na China, mas outras quatro agências e um painel nacional de inteligência ainda julgam que foi resultado de transmissão natural.
A CIA, e outras agências, ainda estão indecisas.
O laboratório de Wuhan, na China, primeiro epicentro da pandemia — Foto: AFP via BBC
Um alto funcionário da inteligência dos EUA afirmou ao Wall Street Journal que a atualização foi feita partir de novas informações, estudo mais aprofundado da literatura acadêmica e consulta a especialistas fora do governo.
Apesar das análises divergentes das agências, a atualização reafirmou um consenso existente entre elas de que a Covid-19 não foi resultado de um programa chinês de armas biológicas.
A China já havia contestado que o Covid-19 poderia ter se originado de um vazamento de laboratório e impôs limites às investigações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com um relatório de inteligência dos EUA divulgado em 2021, o vírus SARS-CoV-2, responsável pela pandemia de Covid-19, começou a circular pela primeira vez em Wuhan, na China, em novembro de 2019. Desde então, a origem da pandemia tem sido amplamente discutida por acadêmicos, especialistas em inteligência e legisladores.
O surgimento do vírus gerou tensões entre os EUA e a China, com autoridades americanas alegando que a China reteve informações sobre o surto. O debate sobre a origem da Covid-19 nos Estados Unidos também foi intenso e muitas vezes polarizado.
Inicialmente, a visão predominante era de que o vírus teria se originado naturalmente, pulando de animais para humanos, como já ocorrido em outras pandemias. No entanto, com o passar do tempo e a falta de identificação de um hospedeiro animal, a atenção se voltou para a possibilidade de um vazamento acidental de laboratório em Wuhan, onde estudos sobre coronavírus eram realizados.
G1