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Jaru, 26 de abril de 2024

Pai perde o braço para salvar vida da filha em acidente de ônibus em Ji-paraná

Há 13 anos Joel Mota Guerra vive sem seu braço direito. O militar reformado poderia ter perdido ainda mais, pois perdeu o braço ao proteger sua filha caçula durante um acidente de trânsito. Hoje, Joel se diz completamente adaptado e que a deficiência não lhe impede de nada, nem de pescar, uma de suas atividades preferidas.

O acidente aconteceu em 2003, quando a caçula Eduarda tinha apenas dois anos de idade, o ônibus em que a família estava tombou no caminho entre o distrito de Nova Londrina e o município de Ji-Paraná (RO), distante a cerca de 370 quilômetros de Porto Velho. Joel conta que a decisão foi tomada por puro instinto.

“Quando vi que o ônibus tombaria eu dei as costas para a janela e me debrucei por cima da Eduarda para a proteger na queda no ônibus. Quando o ônibus virou, meu braço ficou preso embaixo do ônibus. Não foi nada pensado, foi um instinto de paternidade, em uma hora de risco a nossa maior preocupação é de proteger nossos filhos, ainda mais ela que era pequena”, conta.

Joel Mota Guerra ao lado da filha Eduarda, 13 anos antes do acidente (Foto: Joel Mota/Arquivo Pessoal)Joel Mota Guerra ao lado da filha Eduarda
antes do acidente (Foto: Joel Mota/Arquivo Pessoal)

Segundo o militar, ele já está completamente adaptado a sua condição e não enxerga a deficiência como uma barreira para realizar as atividades diárias e seu passatempo preferido.

“O mais difícil foi voltar a escrever. Como eu era destro tive que reaprender a escrever e levei dois anos para isso, mas fora isso, a adaptação foi tranquila. O mundo continua girando e ele não vai parar por causa da minha deficiência. Hoje faço tudo o que consigo, às vezes preciso pedir ajuda em algumas coisas, mas me viro em tudo que posso inclusive para ir pescar nos fins de semana. A questão é se aceitar e se adaptar”, diz Joel.

Mesmo muito tempo após seu acidente, as pessoas ainda se surpreendem com a história vivida por Joel e sua filha Eduarda. “Quando os outros sabem o que aconteceu, eles me chamam de heroi, mas eu não me vejo assim, eu fiz a minha obrigação de pai, de proteger minha filha”, afirma.

“Pra mim foi um ato de herói, mesmo depois do que aconteceu com ele, ele ainda foi verificar como eu estava, se eu estava bem depois do acidente. Mesmo depois de tudo que aconteceu ele estava preocupado com a filha”, conta Eduarda.

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