Uma mulher identificada como Nágila Bandeira (Presidente da Associação da Cannabis Medicinal de Rondônia), conseguiu na justiça o HC protetivo, que a protege contra ação policial, para que ela possa cultivar em sua residência pés de Cannabis, planta que é popularmente conhecida como maconha, que apesar de ter uso recreativo e apresentar danos ao organismo, também possui componentes que apresentam importância medicinal, motivo pelo qual é usada por Nágila no tratamento da filha de que tem hoje oito anos.
Segundo Nágila, a filha Ester possui um quadro de desordem genética rara, com grau de autismo severo e epilepsia, sem contar que eles acarretavam em muitos efeitos colaterais que acabavam prejudicando outras áreas, e a impossibilitando de andar sozinha, devido ao tônus muscular dela ficar fraco devido a forte medicação.
E devido ao alto custo do tratamento com medicamentos, ela decidiu entrar na justiça para conseguir autorização para o cultivo da planta, onde a Defensoria Pública de Rondônia conseguiu a decisão protetiva para a família.
Nágila começou a utilizar o óleo extraído da Cannabis no tratamento da filha a cerca de dois anos e meio, e segundo ela, desde o inicio do tratamento ela já notou a diminuição nas crises de epilepsia e também na melhora na coordenação motora da criança, que hoje já consegue andar sozinha, sem o uso de apoio.
A quantidade dos pés de Cannabis que é cultivado na casa de Nágila, é calculado de acordo com a necessidade do uso da filha. A casa é vigiada e a família recebe constantemente na residencia, a visita de agentes para averiguação do uso da planta.