Uma moradora da zona rural de Governador Jorge Teixeira foi vítima de um golpe de estelionato na noite desta quarta-feira (15), por volta das 19h12, na região da Linha 623, km 35. A vítima compareceu ao quartel da Polícia Militar para relatar o ocorrido e buscar orientações.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher recebeu uma ligação em sua residência de um indivíduo que se apresentou como sendo seu advogado. Durante a conversa, o golpista alegou que um processo judicial havia sido finalizado em favor dela e que um valor de R$ 12.950,00 seria depositado em sua conta bancária. Para “liberar” a quantia, o suposto advogado solicitou informações pessoais e bancárias, incluindo número do cartão, senha do aplicativo do banco e orientações sobre transações via PIX.
A vítima, que relatou ter dificuldades com leitura e escrita, seguiu as instruções do criminoso, acreditando na veracidade da proposta. No entanto, em vez de receber o valor prometido, ela acabou autorizando movimentações financeiras em sua conta. Foram realizados três débitos indevidos: dois PIX — um no valor de R$ 1.200,00 e outro de R$ 1.109,00 — além de um empréstimo pessoal de R$ 1.500,00, totalizando um prejuízo de R$ 3.809,00.
Desconfiada da demora nos repasses, a vítima entrou em contato com seu verdadeiro advogado, que negou ter feito qualquer ligação ou solicitado dados pessoais. Foi nesse momento que ela percebeu que havia sido enganada. O autor do golpe utilizava inclusive um número de telefone com foto de perfil clonada do advogado no aplicativo WhatsApp, o que ajudou a fortalecer a farsa.
Além do golpe sofrido, há indícios de que o criminoso esteja tentando aplicar o mesmo esquema em outras pessoas próximas à vítima, utilizando o perfil falso no aplicativo de mensagens.
Os números de telefone utilizados pelo golpista foram informados às autoridades e estão sendo investigados.
Diante dos fatos, a equipe policial orientou a vítima sobre os procedimentos cabíveis. Ela foi auxiliada na realização do boletim de ocorrência, bloqueio imediato dos cartões, alteração de senhas e na comunicação com a instituição financeira para tentar mitigar os danos.
A Polícia Civil deve investigar o caso para identificar e responsabilizar os autores do golpe. A população é orientada a redobrar a atenção e desconfiar de qualquer pedido de dados bancários ou senhas por telefone, mesmo que o interlocutor se identifique como um profissional conhecido.
Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 190 ou 197.