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Jaru, 10 de novembro de 2024

Médico é transferido após acusar secretário de saúde de ‘esconder o caos em Rondônia’

A transferência do ex-Coordenador Médico da Urgência e Emergência do Pronto Socorro João Paulo II, o médico Vinícius Ortigosa Nogueira, está gerando polêmica em meio a pandemia do novo coronavírus, em Rondônia. Segundo o profissional, o motivo da mudança de cargo, seria uma retaliação pelas críticas que fez contra o Secretário Estadual de Saúde, Fernando Máximo e ao governador coronel Marcos Rocha.

O médico teria apresentado uma análise que contribui para o Plano de Contingência do COVID-19, junto ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE/RO) e ao Conselho Regional de Medicina de Rondônia (CREMERO).

No relatório, Nogueira teria traçado críticas ao governo e no modo com que moviam as ações de enfrentamento e como vinham tratando o vírus, se referindo ao mesmo como uma ‘gripezinha’.

De acordo com as informações, o médico Vinícius Nogueira, é Professor Auxiliar de Medicina de Emergência da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e nos últimos meses se destacou ao apontar os impactos da pandemia do Covid-19 na saúde pública de Porto Velho.

Nogueira, defendeu, que era preciso garantir a segurança dos profissionais de saúde com treinamento prévio e EPI´s para as equipes assistenciais. Além de materiais necessários para o combate e tratamento dos pacientes que forem contaminados pelo vírus do Covid-19.

O médico mostrou preocupação ao apontar que, com uma população de 519 mil habitantes, Porto Velho tem apenas 124 leitos de UTI e defendeu a necessidade de trazer profissionais de outras especialidades e áreas para que atuem em força-tarefa junto a equipe de UTI, em especial os médicos-emergencistas.

Após a divulgação da análise e críticas, o médico foi transferido para o Hospital de Medicina Tropical de Rondônia (CEMETRON). Segundo Nogueira, a movimentação ocorreu sem nem um motivo ou diálogo.

O Diário da Amazônia tentou contato com o secretário Estadual de Saúde, Fernando Maximo e com sua assessoria, mas não fomos atendidos até o momento.

Fonte: Diário da Amazônia


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