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Jaru, 3 de maio de 2024

Mãe de grávida sumida há 13 dias reconhece calcinha da filha achada em suposto cativeiro de RO

A mãe da jovem grávida Taina Carina de Lima Mendonça, de 21 anos, reconheceu nesta quinta-feira (9) um batom e uma calcinha encontrados no interior de uma suposta residência servida de cativeiro da filha na zona rural de Monte Negro (RO), no Vale do Jamari.

Maria das Graças Mendonça gravou um vídeo dizendo que os objetos são de Taina e que acredita que a filha ainda esteja viva.

A jovem está desaparecida desde o dia 27 de outubro, quando saiu de casa para cobrar a pensão do ex-marido e exigir que ele assumisse a paternidade do filho que ela espera.

No vídeo, Maria das Graças agradece a todos que estão empenhados nas buscas durante os 13 dias desde o desaparecimento e a todos que pedem pela saúde da filha.

Mãe grávida desaparecida há 13 dias reconhece objetos da filha em suposto cativeiro

Mãe grávida desaparecida há 13 dias reconhece objetos da filha em suposto cativeiro

“Deus está mostrando um caminho de que ela está viva, eu sempre senti ela viva, eu nunca senti ela morta e não vou sentir no meu coração de mãe. Eu reconheci as coisas que estavam naquele cativeiro. O batom e a calcinha realmente eram dela. A gente só não achou ela lá, mas eu sei que ela está próxima”, comenta.

A mãe de Taina Carina ainda pede para que todos reforcem as orações, por que mais uma esperança apareceu após os objetos serem encontrados no suposto cativeiro.

“Uma luz se acendeu na minha vida, no meu caminho, eu sei que o meu netinho vai chegar e que a minha filha vai vir bem”, exclama.

A estudante, que desapareceu no fim do oitavo mês de gestação, está com o parto marcado para a próxima terça-feira (14).

Procurado pela equipe de reportagem da Rede Amazônica, o delegado responsável no caso disse que não comentaria sobre o caso, pois qualquer informação poderia atrapalhar as investigações.

Suposto cativeiro

A Polícia Militar (PM) de Monte Negro encontrou na quarta-feira (8) uma suposta casa que teria servido de cativeiro para a jovem Taina Carina.

A casa fica localizada na região rural de Monte Negro, a poucos quilômetros da residência da estudante e os policiais chegaram ao local por meio de denúncia anônima.

No imóvel, uma cama sem colchão, embalagens de remédios, um batom e uma calcinha foram encontrados. Também foi encontrada uma pedra amarrada a uma corda. A Polícia Civil investiga se a casa foi realmente utilizada para manter Tainá como refém e se os medicamentos encontrados possuem substâncias abortivas.

Manifestação na BR-421

Mais de 50 familiares e amigos de Taina realizaram um protesto na terça-feira (7) e fecharam a BR-421, em Monte Negro. Os manifestantes bloquearam a rodovia ao amanhecer e cobravam por justiça para as autoridades competentes pela investigação do caso. Pneus foram colocados nas duas pistas da rodovia e o fluxo de veículos no local foi interrompido.

No início da tarde de terça-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e uma comissão dos manifestantes se deslocaram até a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) de Ariquemes, onde aconteceu uma audiência com um delegado para discutir sobre o andamento da manifestação e o curso das investigações no caso da jovem.


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