Enquanto acompanhamos cerca de 600 moradias do Programa minha Casa Minha Vida se deteriorando em meio a matagais no município de Jaru, famílias residem em condições degradantes em áreas de risco. Como o caso que iremos relatar de uma família com dois filhos pequenos que foram despejados das moradias do Jardim Primavera e tiveram que construir um local para se abrigar a beira do Rio Jaru, local que todo ano alaga com as cheias do rio.
As condições em que essa família reside, são sub-humanas, não possui qualquer tipo de saneamento, nem água encanada. Eles vivem e sobrevivem arrecadando materiais do lixo, sem qualquer ajuda da assistência social do município ou do estado.
O casal, Vanilza Pereira da Silva e Wilson dos Santos, são doentes, tem dois filhos pequenos e sobrevivem catando latinha e demais coisas encontradas no lixo. Tudo na residência deles é proveniente do lixo, inclusive o banheiro improvisado feito de latas de tinta, lona e parte de um orelhão velho, que serve para armazenar água para tomarem banho.
Vanilza, relata que um recurso que possuíam do Bolsa Família, foi cortado assim que o marido passou a receber um auxilio saúde do INSS, em função de um problema no joelho de Wilson que precisou ser operado e por isso não consegue trabalha e vive a base de remédio anti-inflamatórios. Vanilza também é enferma, tem problemas cardíacos e toma medicamento diariamente, os quais no momento não estão disponíveis na rede pública de saúde.
Wilson precisa todo mês desembolsar R$ 180,00 para pagar ortopedista, que o município não disponibiliza, para então levar o laudo ao INSS para prosseguir recebendo o auxílio.
O que eles ganham não dá para bancar todas as suas despesas como alimentação, remédio, energia, gás, dentre outras necessidades básicas, portanto necessitam urgentemente de ajuda.
Um grupo de amigos já está promovendo uma ação em busca de ajuda para esta família, e estes nos procuraram para que divulgássemos a situação afim de que toda a população também possa contribuir.
Uma das mobilizadoras Juliana Bitencourte, já engajou toda sua família e amigos com o intuito de melhorar as condições de vida da família e logo de início já ajudou na compra de um gás, alimentos e também conseguiu a doação de mata-juntas para tampar as frestas da casa, que molha inteira com a chuva, também já foi conseguido a mão de obra para o concerto da moradia que precisa de ajustes no telhado, nas paredes e no chão, além da construção imediata de um sanitário.
A família necessita de tanta coisa que fica até difícil descrever, mas o que mais nos chamou a atenção foi que Isabela de 3 anos, filha do casal, disse que seu maior sonho era ter uma boneca para brincar, mas Isabela se quer tem um chinelo ou sandália para calçar. O casal também possui um menino de 5 anos, Estefanio que já estuda e também necessita de roupas e calçados.
Quem quiser contribuir pode estar fazendo uma visita a família que reside as margens do Rio Jaru, bem próximo ao local onde embarcam e desembarcam barcos ou também entrar em contato com a mobilizadora Juliana pelo fone (69) 9924-4108.