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Jaru, 26 de abril de 2024

Jaru – Crime de “rachadinha” tira Amauri dos Muletas das eleições 2020

95 servidores comissionados teriam nos vencimentos mensais, descontos em forma de contribuição. Dos 95, 76 não eram filiados ao partido.

Amauri dos Santos, Jean Carlos e Luiz Marcos.
Foto: Divulgação

 

Durante o mandato do ex-prefeito de Jaru (RO), Jean Carlos dos Santos, entre os anos de 2009 e 2012, funcionou um esquema chamado de “rachadinha” e que beneficiava diretamente o primo de Jean Carlos, o ex-prefeito e ex-deputado José Amauri dos Santos [Amauri dos Muletas], conforme o Ministério Público de Rondônia (MP/RO),

Conforme a Justiça, 95 servidores que ocupavam cargos comissionados, tinham descontadas parcelas em seus vencimentos mensais. Os autos revelam ainda que, desses 95, 76 servidores não eram filiados ao partido do então prefeito de Jaru Jean Carlos.

Conforme relatório divulgado pela Justiça, os descontos beneficiavam diretamente o presidente do PMDB a época, José Amauri dos Santos [Amauri dos Muletas], que ao longo de quatro anos, ou sessenta meses, teria sido beneficiado com a cifra de R$ 109.596,83 (Cento e nove mil, quinhentos e noventa e seis Reais e oitenta e três centavos).

Num calculo básico, o montante dividido por sessenta meses, correspondente aos quatro anos, seriam de um repasse mensal na ordem de R$ 1.826,61 (Um mil, oitocentos e vinte e seis Reais e sessenta e um centavos).

O responsável pela “coleta” seria um dos secretários da administração, a época Luiz Marcos Joaquim Santos, que é irmão do ex-prefeito Jean Carlos.

Os alistados no processo, teriam coagido moralmente os servidores públicos, ocupantes de cargos em comissão, a promoverem contribuição partidária, discorrem os autos.

80% dos servidores, ou seja, 76 dos contribuintes, não eram filiados ao partido do prefeito Jean Carlos e que era presidido por seu primo, Amauri dos Muletas.

Um dos comissionados a época prestou depoimento e disse: “Que cheguei a perguntar se era obrigatório, sendo informada que não era, porém disseram que era uma “regrinha” para todos os Portariados. Que a pessoa que me prestou informações utilizou uma expressão um pouco sarcástica no sentido de que se eu não assinasse o documento, haveria várias pessoas desempregadas que gostariam de ocupar o cargo. Que assinei o documento, mas na verdade eu não queria que houvesse nenhum desconto em meu salário”, declarou.

Conforme o Ministério Público (MP), a tal contribuição era chamada de: “Dízimo Partidário”. O MP ainda informa que esta prática foi uma espécie de regra presente ao longo de todo o mandato do ex-prefeito Jean Carlos que teria agido em consonância com seu irmão Luiz Marcos, a época secretário da administração.

Mesmo que de maneira forçada, conseguiam os tais descontos nas folhas de pagamentos dos servidores comissionados, faziam a transferência para contas do diretório municipal do partido presidido por Amauri dos Muletas, que era o principal beneficiário dos valores obtidos pelo esquema agora chamado de “rachadinha”.

 

Fonte: Jaru Online

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