Um incêndio de grandes proporções atingiu parte da área militar, próxima ao Espaço Alternativo, em Porto Velho, na tarde desta sexta-feira (27). A vegetação ao redor do local foi destruída. Esse é o segundo incêndio florestal registrado em menos de 24 horas, de acordo com a 1ª Brigada de Combate a Queimadas da capital.
As chamas começaram a se alastrar às 15h. Apesar disso, não houve feridos. A brigada também fez uma varredura na região atingida, mas não encontrou animais mortos. O fogo foi controlado por volta das 19h.
Além dos 10 bombeiros civis de plantão da Brigada Municipal, a ação contou com a ajuda de equipes do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Houve uma ação conjunta para que conseguissemos controlar as chamas. Quanto aos animais, chegamos a procurar pelo local onde houve queimada, mas não encontramos”, explicou o bombeiro civil Lucas Lima.
Espaço Alternativo vazio
Graças à fumaça intensa que encobriu a região, o Espaço Alternativo, que costuma lotar às sextas, ficou praticamente vazio. A visibilidade, por exemplo, foi prejudicada pela neblina que se formou no espaço. Pelo chão, era possível notar restos de cinzas.
Porém, os amigos Tauan Guimarães, de 16 anos, e Hyago Vasconcellos, de 17 anos, tentaram andar pelo local, mesmo com o incêndio próximo.
Entretanto, não conseguiram completar o passeio de patins e chegar até o final do espaço como de costume. “Lá da cidade mesmo, já conseguia ver a fumaça. Nem chegamos no meio do trajeto e teremos que voltar. Não dá para ver nada. O jeito é voltar para casa”, disse Tauan.
“Chegamos aqui quando o fogo ainda estava maior. Dava para ver as chamas queimando as cercas. Meus olhos mesmo lacrimejaram. Nós paramos no meio, pois com essa fumaça intensa fica impossível enxergar”, completou Hyago.
O comerciante Ognei Braga, de 44 anos, também não terminou a caminhada diária. Para se proteger da fumaça e conseguir respirar, tampou o nariz e a boca com a camisa. “A gente vem para cá com objetivo de cuidar da saúde e sai daqui pior. Nesse período fica muito difícil para respirar, devido a essas queimadas que acontecem de vez em quando”, lamentou.
Primeiro caso
Duas hora antes, um incêndio atingiu um terreno florestal de uma empresa de reciclagem, também em Porto Velho, próximo a Candeias do Jamari.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o fogo começou em um terreno privado cercado por uma área florestal atrás da empresa. Canos, caixas d’água e equipamentos da empresa foram danificados. A corporação informou que o incêndio era florestal. Ninguém ficou ferido.