Os dois casos suspeitos de coronavírus que entraram no balanço do Ministério da Saúde foram descartados, segundo informou nesta quinta-feira (12) a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa). O órgão revelou não ter casos suspeitos ou confirmados no estado. Um caso que vinha sendo investigado anteriormente também já foi descartado.
Conforme a Agevisa, os casos foram examinados no Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen), e deram negativo. Na sequência, as amostras foram levadas ao Instituto Adolfo Lutz (IAL), laboratório referência para análises do Covid-19. Os novos testes também tiveram resultados negativos.
Apesar da confirmação do estado, os casos descartados em Rondônia ainda constavam como suspeitos na lista do Ministério da Saúde até a última atualização desta reportagem. Conforme o boletim nacional mais recente, já são pouco mais de 1,4 mil casos suspeitos do coronavírus nesta quinta-feira no Brasil, e 77 confirmados.
O primeiro caso considerado suspeito pelo Ministério da Saúde foi o de uma moradora de Porto Velho, que veio do Japão em 20 de fevereiro. Ela fez uma conexão em Paris e chegou ao Brasil no dia 22 do último mês.
A mulher procurou o pronto atendimento Ana Adelaide, em Porto Velho, foi atendida e orientada a ficar em casa enquanto era acompanhada.
Pandemia
Em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que há uma pandemia de Covid-19. Essa é a primeira vez que um coronavírus provoca uma pandemia – o termo que se refere ao momento em que uma doença já está espalhada por diversos continentes com transmissão sustentada entre as pessoas.
O novo coronavírus já atingiu mais de 124 mil pessoas em todo o mundo e deixou mais de 4,6 mil mortos.
A organização estima que o número de pacientes infectados, de mortes e de países atingidos deve aumentar nos próximos dias e semanas. Apesar disso, os diretores ressaltaram que a declaração não muda as orientações, e que os governos devem manter o foco na contenção da circulação do vírus.
Qual é a origem do coronavírus?
O novo vírus é apontado como uma variação da família coronavírus. Os primeiros foram identificados em meados da década de 1960, de acordo com o Ministério da Saúde.
O nome do vírus não foi definido pela organização. Temporariamente, recebeu a nomenclatura de 2019-nCoV.
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A doença provocada pela variação originada na China foi nomeada oficialmente pela OMS como COVID-19, em 11 de fevereiro. Ainda não está claro como ocorreu a mutação que permitiu o surgimento do novo vírus.
Outras variações mais antigas de coronavírus, como SARS-CoV e MERS-CoV, são conhecidas pelos cientistas. Eles também chegaram aos humanos por contato com animais: gatos, no caso da Sars, e dromedários, no vírus Mers.