A Defesa Civil começou a demolir as casas desocupadas por moradores que ficam em áreas de risco de inundação próximas ao rio Madeira, em Porto Velho. A medida também é de segurança e objetiva evitar que os imóveis sejam ocupados novamente. Nesta quarta-feira (29), às 09h15, o Madeira registrava 13,00 metros e segue fora da cota de atenção.
A diarista Edvanda França, por exemplo, morava no Beco da Rede, no bairro Balsa, há cerca de 10 anos. Ela sabia como ficava a situação no local durante o inverno amazônico, época em que as águas do Madeira costumam subir consideravelmente.
“Muito difícil. Às vezes chegava em casa e tinha que sair para ir para abrigo. A situação não era fácil. Era precário. Bastante precário. Muito difícil para descer também, pois é lama demais”, contou.
A antiga casa de Edvanda estava a quase sete metros de uma área já alagada pelo rio Madeira. Por isso, foi identificada pela Defesa Civil para a demolição. A diarista chegou a acompanhar os trabalhos, mas não ficou triste, já que foi contemplada com uma nova moradia.
Casas em área de risco são demolidas pela Defesa Civil em Porto Velho
Conforme Rogério Félix, coordenador do órgão, o caso de Edvanda não é isolado. Todos os moradores que tiveram as residências demolidas foram contemplados com um novo imóvel, além de serem notificados com antecedência sobre a desocupação. Apenas no Bico da Rede e do Birro, 15 residências foram desocupadas e demolidas.
“Aqui é a primeira área a ser atingida pelas enchentes, além de ser insalubre, é de risco. Esse trabalho (de demolição) será feito em toda essa área que inclui as margens do rio Madeira, margem de igarapé. Por isso que através do Governo Federal, estado e município estamos proporcionando essas famílias morarem em um local digno”, disse.
Moradores de casas demolidas em Porto Velho foram contemplados com novos imóveis, diz Defesa Civil. — Foto: Reprodução/Rede Amazônica