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Jaru, 23 de novembro de 2024

Casal adota pitbull com deficiência abandonado em estrada: ‘Amor à primeira vista’

O cachorro com deficiência que foi abandonado às margens da Estrada do Belmont, em Porto Velho, ganhou um novo lar na quinta-feira (5). A história do pitbull foi revelada pelo G1 na quarta-feira (4), quando a reportagem foi ao local e encontrou o animal debilitado, sujo, com as patas abertas e viradas para trás. O flagrante comoveu os internautas.

Após ver a história do cachorro, um casal correu até a estrada de Porto Velho para adotá-lo. “Foi amor à primeira vista. A condição dele me tocou muito. Já indefeso, ainda mais assim, tão dócil e amoroso. Me apaixonei por ele”, disse a estudante de economia Michele Taborga, de 27 anos.

“Eu o amo. Eu não tenho outra palavra. Eu o amo, muito muito. Sentimento de mãe”, afirma.

O cachorro, segundo dois borracheiros que davam alimento e comida ao pitbull, foi abandonado no local no mês de fevereiro. Inicialmente o cachorro foi batizado pelos populares como Foca, por ficar com as patas dianteiras abertas e sem apoio, mas a nova família já deu um novo nome a ele: Benjamin.

Michele disse que, ao saber da história de Benjamin, foi amor à primeira vista. — Foto: Mayara Subtil/G1Michele disse que, ao saber da história de Benjamin, foi amor à primeira vista. — Foto: Mayara Subtil/G1

Michele disse que, ao saber da história de Benjamin, foi amor à primeira vista. — Foto: Mayara Subtil/G1

Michele, que faz parte da ONG Socorristas de Animais, adotou Benjamin após receber mensagens no WhatsApp com fotos do cachorro e ficar tocada com a condição do animal. Incentivada pelo marido, Matheus Mota, de 24 anos, a estudante correu para retirá-lo da estrada e adotá-lo .

“Foi uma alegria inesperada, pois pensei que ele [Benjamin] estaria tristinho pela situação em que se encontrava. Na hora que o vi, ele começou a abanar o rabo, depois o peguei e ele começou a me lamber, comecei a fazer carinho nele. Nossa, foi demais”, disse, emocionada.

Cachorrinho com deficiência abandonado em estrada de RO é adotado e ganha novo nome

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Agora, Benjamin, que tem cerca de 8 meses de idade, vai dividir o novo lar com mais sete animais de Michele e Matheus – três gatos e quatro cachorros. Entre eles está Teodoro, de 7 anos, que foi atropelado e teve uma pata dianteira amputada.

Segundo Michele, Benjamin e Teo, como é carinhosamente chamado, já se dão muito bem. “O Benjamin é tranquilo e se deu bem também com os outros. Eu perdi uma gatinha recentemente atropelada e é horrível. Há pessoas que não têm cuidado. Mas agora é amor dobrado ao Benjamin e aos outros”, assegurou.

Teodoro e Benjamin: amizade sincera. — Foto: Mayara Subtil/G1Teodoro e Benjamin: amizade sincera. — Foto: Mayara Subtil/G1

Teodoro e Benjamin: amizade sincera. — Foto: Mayara Subtil/G1

Cuidados

Por conta de sua condição congênita, Benjamin precisará de cuidados redobrados. Michele disse já ter levado o filhote ao veterinário e ainda aguarda o resultado dos exames.

Conforme a estudante, o filhote vai passar por fisioterapia para estimular o movimento dos músculos e evitar que fiquem mais atrofiados do que já estão. O cachorrinho também está com o tórax achatado por ficar sempre deitado e usará frauda.

Cachorrinho com deficiência abandonado em Porto Velho ganhou o nome de Benjamin. — Foto: Mayara Subtil/G1Cachorrinho com deficiência abandonado em Porto Velho ganhou o nome de Benjamin. — Foto: Mayara Subtil/G1

Cachorrinho com deficiência abandonado em Porto Velho ganhou o nome de Benjamin. — Foto: Mayara Subtil/G1

A família também avalia a possibilidade de comprar um carrinho para ajudar na locomoção do pitbull, já que, de tanto se arrastar, os cotovelos e os joelhos do cachorro estão machucados.

O veterinário que atendeu Benjamin confirmou que o pitubull não foi espancado pelo antigo dono, mas que a falta do tratamento adequado pode ter piorado o quadro do cachorro.

“O abandono contribuiu. O médico disse que é congênito, já nasceu assim praticamente e só foi piorando cada vez mais, pois não teve o tratamento adequado quando mais filhotinho, não fez fisioterapia. Mas agora ele está bem. Vai crescer ainda. Vai engordar. As cicatrizes dele irão sumir”, relembrou Michele.

“É meu, é nosso. Recebo muito carinho das pessoas, muitas mensagens positivas, gente querendo ajudar, perguntando se ele já foi ao veterinário”, contou a estudante.

Abandono

Em fevereiro, os borracheiros Ozimar Queiroz e Lindomar Queiroz se surpreenderam quando chegaram cedo para trabalhar após encontrarem o animal abandonado.

Sensibilizado com a situação do cachorro, Ozimar, conhecido como Galego, contou ao G1 na quarta-feira que resolveu cuidar do cachorro até encontrar alguém para adotá-lo. Benjamin ficou com os borracheiros durante 20 dias.

Benjamin, até então chamado de Foca, ficava em cima de uma tábua. — Foto: Diêgo Holanda/G1Benjamin, até então chamado de Foca, ficava em cima de uma tábua. — Foto: Diêgo Holanda/G1

Benjamin, até então chamado de Foca, ficava em cima de uma tábua. — Foto: Diêgo Holanda/G1

“Ele estava jogado no chão, debilitado, magrinho, sujo. Tem outros animais que o pessoal vai abandonando e deixando por ali. Nisso vamos cuidando, mas o Foca foi especial. Tinha a missão de cuidar dele”, disse Lindomar.

Por causa da posição que ficava em uma tábua, o cachorro foi batizado carinhosamente de Foca, pois não consegue se deslocar por ter as duas patas abertas.

Os borracheiros mudavam o cachorro de lugar algumas vezes durante o dia, mas se arrastava na lama para tentar interagir com a única companhia animal tinha: um gato de rua que fica andando pela borracharia e que foi adotado por Lindomar.

Interessados em ajudar no tratamento ou na compra do carrinho de Benjamin podem ligar no número 69 98103-1414 (Michele).

Gato adotado por Lindomar era a única companhia de Benjamin. — Foto: Diêgo Holanda/G1Gato adotado por Lindomar era a única companhia de Benjamin. — Foto: Diêgo Holanda/G1


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