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Jaru, 22 de novembro de 2024

Brasil tem pior dia da pandemia com 3,6 mil mortes por Covid registradas em 24 horas

O Brasil voltou a quebrar a marca de seu pior dia da pandemia até aqui, com 3,6 mil mortes por Covid registradas em 24 horas. Com isso, o país soma agora 307.326 óbitos desde o início da pandemia. A média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias chegou a 2,4 mil, voltando a bater recorde no índice. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +32%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.

É o que mostra novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h de sexta.

Recorde de mortes registradas em 24 horas no Brasil até aqui — Foto: Editoria de Arte/G1

Recorde de mortes registradas em 24 horas no Brasil até aqui — Foto: Editoria de Arte/G1

Alguns estados relacionaram seus altos números do dia diretamente a um represamento causado pela mudança que o Ministério impôs e revogou no meio da semana. São Paulo, o estado com os maiores registros, disse que a mudança afetou os dados desde quarta-feira (24) até aqui, mesmo após a suspensão, e por isso o estado teve recorde de mortes nesta sexta.

As secretarias de Saúde de Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina informaram que verificaram atraso e represamento de dados ao longo da semana. Na Bahia, os responsáveis informaram que o acúmulo foi relacionado a sobrecarga das equipes e aprofundamento das investigações epidemiológicas a fim de evitar distorções. A variação ainda pode ter reflexo nos próximos dias nos números pelo país.

Com o recorde desta sexta, o Brasil passa a ocupar o segundo lugar entre os países que tiveram mais mortes registradas em um único dia, ficando atrás apenas dos EUA — que já bateu a marca de 4 mil mortes diárias em seu pior momento. Antes, a Argentina ocupava a 2ª posição, com 3.351 mortes anotadas em 1º de outubro de 2020, segundo o portal Our World in Data.

Já são 65 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de mil; pelo décimo nono dia a marca aparece acima de 1,5 mil; e o país completa agora 10 dias com essa média acima dos 2 mil mortos por dia.

Veja a sequência da última semana na média móvel:

Brasil volta a bater recorde na média móvel de mortes por Covid nesta sexta (26) — Foto: Editoria de Arte/G1

Brasil volta a bater recorde na média móvel de mortes por Covid nesta sexta (26) — Foto: Editoria de Arte/G1

  • Sábado (20): 2.234 (recorde)
  • Domingo (21): 2.255 (recorde)
  • Segunda (22): 2.298 (recorde)
  • Terça (23): 2.349 (recorde)
  • Quarta (24): 2.279
  • Quinta (25): 2.276
  • Sexta (26): 2.400 (recorde)

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 12.407.323 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 82.558 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 75.759 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +6% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos.

Dezenove estados e o Distrito Federal estão com alta nas mortesRS, SC, ES, MG, RJ, SP, DF, GO, MS, MT, AP, RO, TO, AL, BA, PB, PE, PI, RN e SE.

 

Brasil, 26 de março

  • Total de mortes: 307.326
  • Registro de mortes em 24 horas: 3,6 mil
  • Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 2.400 (variação em 14 dias: +32%)
  • Total de casos confirmados: 12.407.323
  • Registro de casos confirmados em 24 horas: 82.558
  • Média de novos casos nos últimos 7 dias: 75.759 por dia (variação em 14 dias: +6%)

Estados

  • Subindo (19 estados e o Distrito Federal): RS, SC, ES, MG, RJ, SP, DF, GO, MS, MT, AP, RO, TO, AL, BA, PB, PE, PI, RN e SE
  • Em estabilidade (4 estados): PR, AC, PA e MA
  • Em queda (2 estados): AM e RR
  • Não atualizou (1 estado): CE

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).

Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os dados de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados.

Vacinação

Balanço da vacinação contra Covid-19 desta sexta-feira (26) aponta que 14.883.220 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 7,03% da população brasileira.

Este foi o dia com mais vacinados da primeira dose desde o começo da vacinação contra a Covid no Brasil, superando o número registrado na quinta-feira (25): 808.643 doses aplicadas em 24h. Somando a primeira e a segunda dose, foram aplicadas 933.598 vacinas no último dia.

A segunda dose já foi aplicada em 4.640.586 pessoas (2,19% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal. No total, 19.523.806 doses foram aplicadas em todo o país.

Variação de mortes por estados

Estados com mortes em alta — Foto: Editoria de Arte/G1

Estados com mortes em alta — Foto: Editoria de Arte/G1

Estados com mortes em estabilidade — Foto: Editoria de Arte/G1

Estados com mortes em estabilidade — Foto: Editoria de Arte/G1

Estados com mortes em queda — Foto: Editoria de Arte/G1

Estados com mortes em queda — Foto: Editoria de Arte/G1

Sul

  • PR: +12%
  • RS: +22%
  • SC: +30%

Sudeste

  • ES: +96%
  • MG: +17%
  • RJ: +57%
  • SP: +53%

Centro-Oeste

  • DF: +140%
  • GO: +26%
  • MS: +76%
  • MT: +66%

Norte

  • AC: -10%
  • AM: -37%
  • AP: +96%
  • PA: +13%
  • RO: +20%
  • RR: -40%
  • TO: +59%

Nordeste

  • AL: +38%
  • BA: +27%
  • CE: o estado não divulgou novos dados até as 20h; considerando os dados até 20h de quinta (25), estava em +14% (estabilidade)
  • MA: +3%
  • PB: +19%
  • PE: +48%
  • PI: +17%
  • RN: +67%
  • SE: +68%

Brasil

Sul

Sudeste

Centro-Oeste

Norte

Nordeste

Consórcio de veículos de imprensa

Os dados sobre casos e mortes de coronavírus no Brasil foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal (saiba mais).


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