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Jaru, 1 de maio de 2024

Assassinatos aumentam 10% em RO no mês de março, mesmo com pandemia da Covid-19

Rondônia teve uma alta de 10% no número de assassinatos durante o mês de março, quando já tinha iniciado a pandemia do novo coronavírus. É o que mostra o índice nacional do Monitor da Violência, publicado nesta segunda-feira (25).

De acordo com a ferramenta, houve 42 mortes violentas em março de 2020. No mesmo mês no ano passado, foram 38.

Segundo os dados da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), dos 42 assassinatos registrados em março no estado, 40 foram oriundos de homicídios dolosos e 2 de latrocínios.

Com as 42 mortes em março de 2020, a taxa de homicídios de Rondônia ficou em 2,36 assassinatos a cada 100 mil habitantes. O índice é superior ao do Amazonas, quando a taxa foi de 1,36. E também maior do que a taxa do Distrito Federal, de 1,99 para 100 mil habitantes.

Para o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), o crescimento de assassinatos durante a pandemia é preocupante, mas ainda não é possível apontar as causas por trás da violência. No entanto, a hipótese está relacionada a um aumento nos conflitos entre grupos criminosos.

Como o levantamento é feito

A ferramenta criada pelo G1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.

Jornalistas do G1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

O governo federal anunciou a criação de um sistema similar ainda na gestão do ex-ministro Sergio Moro, em março do ano passado. Os dados, no entanto, não estão atualizados como os da ferramenta do G1. O último mês disponível é janeiro de 2020.

Os dados coletados mês a mês pelo G1 não incluem as mortes em decorrência de intervenção policial. Isso porque há uma dificuldade maior em obter esses dados em tempo real e de forma sistemática com os governos estaduais. O balanço de 2019 foi realizado dentro do Monitor da Violência, separadamente, e foi publicado em 16 de abril. O de 2020 ainda será feito.

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