Uma moradora de Porto Velho teve a casa atingida por duas balas enquanto dormia, uma delas passou pela janela do quarto da vítima. O tiroteio aconteceu no último dia 7 de setembro, na zona leste da capital.
A mulher preferiu não se identificar, mas contou que ao ouvir os disparos das armas de fogo pensou que fosse alguém soltando foguetes.
“Eu estava deitada na cama e ouvi os barulhos dos tiros. Continuei deitada. Nem fiquei com medo, pensei que era foguete. Mas fez um buraco na minha janela. Eu só saí da minha casa, quando não ouvi mais os tiros”, disse.
Um vídeo que circulou nas redes sociais mostrou que um homem fugia após outros dois correrem atrás dele com armas de fogo em punho. De acordo com a moradora ouvida pela reportagem, o episódio aconteceu na terça-feira (7) no período da manhã, na zona leste da capital.
As imagens, que foram registradas em um celular por uma testemunha, mostram que a vítima [que está de camisa comprida] desce de uma motocicleta. No momento em que observa um homem de camiseta branca se aproximando, saca a arma da cintura. Nesse instante, a vítima tenta colocar o capacete, mas é impedido pelo suspeito, enquanto tenta correr.
Em seguida, um outro homem, que usa camiseta preta e calça jeans, está passando. Ele tenta pegar a vítima pelo braço. Mas escapa e começa a correr. Momento em que inicia a perseguição e os dois suspeitos, começam a atirar na direção da vítima.
A assessoria da Polícia Militar (PM) em Rondônia, diz que não foi possível localizar o boletim de ocorrência do tiroteio e nem confirmou o caso. Mas uma prisão, com a natureza de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, desobediência a decisão judicial sobre perda, foi registrada no mesmo dia.
Entrado em contato com o delegado que estava no plantão na Central de Flagrantes na hora da prisão do suspeito deste crime, o delegado Pedro Palharinie. Ele pontuou ter tido a ciência do vídeo. No entanto, o caso já seguiu para investigação.
“Há uma suspeita de que o vídeo tenha relação com um rapaz que foi levado para Central no dia 7, mas não foi verificado nenhum outro detalhe que permitisse essa confirmação. Na Central a situação já foi finalizada no dia com o despacho da ocorrência”, pontua.
Entenda o caso
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para atender um chamado na Avenida Mamoré, no Bairro Três Marias, próximo a uma casa de eventos, na manhã do dia 7 de setembro.
Ao chegar no local, havia uma “confusão generalizada”. Quando os policiais se aproximaram, algumas pessoas já apontavam para a rua Moisés Carvalho. Onde os agentes viram que havia um portão caído e dentro do terreno, um homem que tinha sido detido por populares.
De acordo com o registro policial, o suspeito estava alterado, o que levou os agentes a usarem algemas. No local, foram feitas buscas pessoais. O suspeito estava monitorado por tornozeleira eletrônica, mas o aparelho estava envolvido por um papel alumínio.
Foi questionado sobre o envolvimento dele na confusão, e segundo o registro, o suspeito disse que estava correndo de uma confusão que havia acontecido na boate. Os policiais levaram o homem à Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp), onde foi verificada a situação dele. Por estar cumprindo pena e monitorado por tornozeleira, o suspeito não poderia estar na boate e nem nas proximidades naquele horário.
Diante disso, ele recebeu voz de prisão e foi conduzido à Central de Polícia para as medidas cabíveis. Em busca, foi encontrado no bolso da calça do suspeito uma munição de calibre 38SPL (picotada). Ao ser questionado, ele disse que não era dele e que não sabia como estava no seu bolso.