O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), promoveu uma reunião ocorrida nesta semana com a ministra do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, por videoconferência, com a participação de todos os representantes da cadeia produtiva do leite para expor um balanço da atual situação do setor leiteiro de Rondônia e buscar soluções para a crise do leite que ocorre todos os anos no Estado.
Durante a reunião, os representantes do ramo discutiram as principais pautas que envolvem o setor, sendo elas: aumento do custo produção do campo leiteiro e logística de transporte; abertura do mercado andino Bolívia e Peru para produtos lácteos; redução da importação de produtos lácteos e promover e apoiar as empresas de laticínios de Rondônia para habilitarem e realizar a exportação de produtos para os mercados andinos e chinês.
De acordo com o secretário da Seagri, Evandro Padovani, foram destacadas as dificuldades que o setor vem enfrentando. “Pedimos o apoio da ministra para abrir novos mercados para os produtos lácteos de Rondônia, para exportação aos países como China, Peru e Bolívia. Além do mercado interno, nós precisamos buscar também o mercado internacional. A ministra Tereza Cristina destacou a preocupação que o Mapa e o Governo Federal têm em relação a crise do leite em Rondônia e se colocou à disposição para ajudar”, explica.
Padovani ainda ressaltou que para atingir o mercado internacional, será necessário produzir mais produtos, como por exemplo, mais leite UHT, leite em pó, iogurte, requeijão, além da muçarela que atualmente é o principal produto
comercializado, entre outros. “A partir de hoje, a Seagri, junto com as indústrias e o Mapa, vamos iniciar uma nova fase de busca de mercado internacional para produtos lácteos de Rondônia”, reforça.
A ministra Tereza Cristina, atendendo ao pedido da categoria, colocou uma equipe à disposição para iniciar um trabalho técnico juntamente com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para desburocratizar e agilizar o processo de exportação. A ministra também anunciou que o mercado da China, Peru e Bolívia já está aberto para negociações.
O próximo passo é discutir quais serão as empresas que têm condições de atender ao mercado internacional, além de realizar rodadas de negócios para que, em um curto prazo, Rondônia possa inserir a produção láctea no mercado internacional. Além do Serviço de Inspeção Federal (SIF), as empresas terão que fazer algumas adequações, principalmente em certificações para exportar os produtos, como por exemplo, certificado de exportação internacional.
“A tendência é desafogar a indústria para que ela possa ter mais demanda e poder dar mais oportunidade e tranquilidade aos produtores para dobrar sua produção. As indústrias instaladas em Rondônia têm capacidade para processar quatro milhões de litros de leite, mas atualmente só processa 1,600 milhões de litros e precisamos avançar”, disse Padovani.
A audiência contou com a participação de representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de (Fetagro), Organização das Cooperativas do Brasil em Rondônia (OCB-RO), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Rondônia (Sindileite-RO) e equipe de diretores do Mapa.