O sistema de remanejamento está disponível na plataforma PDDE Interativo/SIMEC, que foi atualizada recentemente
Para atender os estudantes que se movimentaram entre unidades de ensino ou que não constavam no Censo Escolar, todas as escolas participantes do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) contam agora com a ferramenta de remanejamento de livros do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O sistema serve como apoio aos gestores escolares na oferta de livros didáticos e está disponível na plataforma PDDE Interativo/SIMEC, que foi atualizada recentemente.
A ferramenta possibilita que as escolas com livros ociosos ofereçam os materiais às unidades escolares que tem falta, permitindo a efetiva gestão dos materiais sob responsabilidade da escola e o devido aproveitamento desse valioso recurso didático.
O sistema fica permanentemente disponível para que as escolas façam as trocas dos livros didáticos sempre que precisarem. O programa tem como objetivo levar material adequado para todos os estudantes da rede pública de Educação Básica. Mas é de responsabilidade das unidades escolares manter atualizadas as informações cadastrais e os quantitativos de sobras e faltas de livros nas escolas.
A professora do curso de Pedagogia do Centro Universitário IESB, Marli Viera Lins de Assis, destacou a importância do recurso.
“A ferramenta permite aos gestores uma interação e por meio dessa influencia eles conseguem observar nas escolas os livros que faltaram, que sobraram e realizarem entre si trocas dos materiais. É muito importante porque vai garantir que o educando tenha um dos livros para o processo de ensino e aprendizagem”, avaliou.
Ela considera a ferramenta importante desde que bem utilizada pelos gestores, uma vez que, por meio dela, o estudante vai ter acesso ao livro didático.
“Vale destacar que por mais que nós tenhamos várias formas de fazer com que esse processo de aprendizagem ocorra, o livro didático ainda é um recurso muito importante no contexto de sala de aula. Por isso é tão importante que os gestores conheçam a ferramenta e façam o uso adequado dela, para que todos os alunos sejam contemplados com relação ao uso principalmente do livro didático”, avaliou.
A exemplo, a pedagoga citou a situação da pandemia, onde em alguns contextos o livro didático foi o único recurso disponível para garantir o processo de ensino e aprendizagem. Ela acredita que a ferramenta pode futuramente proporcionar outras trocas didáticas entre os gestores e a comunidade escolar.
Professora e supervisora da Escola Classe 10 de Ceilândia (DF), que já aderiu o sistema, Queila Branco considera esta uma política pública importante, desde que os livros sejam de qualidade e a plataforma funcione, para ampliar a percepção do aluno de acordo com o conteúdo expresso no material didático.
“Apesar de todos os problemas que nós enfrentamos com relação à plataforma, permitir essa permuta de livros, permitir que possamos informar quantos livros vamos precisar, para evitar que alguém fique sem o material, é muito bom. Porque a falta do livro prejudica tanto o professor quanto o estudante, eles não conseguem dar um ritmo às atividades propostas”, disse.
O remanejamento é considerado pela professora uma alternativa mais célere para solucionar a falta de livros nas escolas, se configurando como um dos fatores fundamentais para alcançar o atendimento de todos os estudantes e a otimização dos recursos públicos.
Fonte: Brasil 61