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Jaru, 21 de novembro de 2024

“Brincadeira da rasteira” que virou febre na web pode matar, alerta médico

Uma brincadeira feita principalmente entre adolescentes no ambiente escolar está virando “febre” e preocupa pelos riscos de queda e até de morte. Chamada de “brincadeira da rasteira”, o objetivo é derrubar o colega com as pernas.

Uma brincadeira feita principalmente entre adolescentes no ambiente escolar está virando “febre” e preocupa pelos riscos de queda e até de morte. Chamada de “brincadeira da rasteira”, o objetivo é derrubar o colega com as pernas.

Três pessoas ficam posicionadas uma ao lado da outra e as duas da ponta pulam, pedindo em seguida que a pessoa que está no meio também dê um salto. Logo que ela pula, os colegas das pontas dão uma rasteira e a pessoa cai imediatamente de costas, normalmente batendo a cabeça no chão.

Já são inúmeros vídeos compartilhados nas redes sociais. Muitos são de adolescentes dentro de escola, usando uniforme e “brincando” na hora do intervalo. Em outros, adultos dão o salto e em um deles a pessoa cai e desmaia.

Segundo consta em um dos vídeos feito com um idoso, a brincadeira teria resultado na morte instantânea dele. Veja o vídeo:

Alerta

O ortopedista Lourimar Tolêdo alerta que uma queda desse tipo pode inclusive levar à morte. “Eu também recebi um desses vídeos hoje (terça-feira) e fiquei horrorizado. É uma brincadeira muito perigosa, de mau gosto, que coloca a pessoa em vários riscos, inclusive o de morte”, declarou.

O médico pontua os riscos: “Essa queda ao solo pode provocar lesões nos membros, na coluna e até mesmo traumatismos cranianos. Na tentativa de se apoiar durante a queda, pode fraturar punho, braço, cotovelo e o ombro. Na coluna, há risco de comprometer até a medula espinhal, ocasionando déficits neurológicos. No caso de traumatismo craniano, a pessoa pode ter sequelas neurológicas graves que até levem à morte”.

Lourimar finaliza alertando os pais e também as escolas para o monitoramento e inibição desse tipo de “brincadeira”.

“As famílias devem conscientizar as crianças e adolescentes a não praticarem isso. Até mesmo as escolas devem estar alertadas. Uma ‘brincadeira’ dessas pode destruir uma vida e uma família inteira”, disse.

Por Elisa Rangel

Fonte:Tribuna online


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