Um trabalhador identificado como Mário Júnior Paz da Silva, um rapaz de 29 anos, acaba de por todo o sistema de saúde do Acre em estado de alerta porque deu entrada no hospital “Wildy Viana”, em Brasiléia, no Alto Acre, na última quinta-feira (30), com um quadro clínico considerado delicado e logo as suspeitas foram associadas ao coronavírus, a doença surgida na China e que está colocando o mundo em polvorosa.
De acordo com informes biológicos, os coronavírus fazem parte de um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo, conhecidos pela ciência desde meados dos anos 1960 e cujos infectados têm sintomas e associações que pertencem à subfamília taxonômica parecida com a da meningite, inflamação das meninges no cérebro.
Desde a chegada do paciente em Brasíleia, na noite desta quinta-feira (30), os funcionários do hospital, inclusive médicos, estão tomando as precauções devidas, com o uso de máscaras, enquanto outros foram imunizados para combates à HN1 com o Tomiflu 75 mg, indicado para tratamento da prevenção da gripe em adultos e crianças com idade superior a um ano – mas sem eficácia comprovada no combate ao coronavírus.
Mário Júnior Paz da Silva está isolado e sendo medicado de forma especial, enquanto é preparado para ser transferido para a Capital Rio Branco. O Hospital de Rio Branco é um dos credenciados de forma urgente pelo Ministério da Saúde para enfrentar o problema caso este chegue Brasil, anunciou o secretário de Estado de Saúde, Aliysson Bestene.
A provável vítima é da localidade e Santa Rosa do Abunã, na região do Alto Acre, na floresta. Ele teria apresentado os primeiros sintomas, quase uma semana atrás, quando foi trazido para Brasiléia, antes da pandemia ter sido anunciada em nível global. O homem passou pelo hospital de Cobija porque havia dúvidas se sua nacionalidade é brasileira ou boliviana, algo comum na fronteira entre Brasil e Bolívia.
O Ministério da Saúde confirmou nove casos suspeitos de coronavírus no país. São três casos em São Paulo, dois em Santa Catarina, um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro, um no Paraná e um no Ceará. De acordo com o novo boletim, já foram notificados 33 pacientes com quadros suspeitos, mas apenas nove estão em investigação. Os demais foram descartados ou excluídos, por não se enquadrarem nos requisitos definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com a alteração da definição de casos suspeitos, todas as pessoas que chegaram da China e apresentaram sintomas respiratórios em cerca de 15 dias entram nessa classificação – o Ministério interpreta que o número de notificações irá aumentar nos próximos dias. Anteriormente, o quadro só era considerado suspeito se a pessoa tivessem visitado a região de Wuhan, a cidade onde a doença se originou, ou tido contato com alguém infectado.
A preocupação em relação às cidades do Vale do Acre se relacionam ao fato de que a região se conecta com o Peru, através da Estada do Pacífico – o Peru é o mais sulamericano de maior contato com a Ásia e em cujo país está a China, a origem da doença.
Via Contilnet – por Tião Maia