O forte trabalho político dos representantes do Mato Grosso no Congresso Nacional garantiu a duplicação e conservação das rodovias federais no Estado. O trecho entre Cuiabá e Rondonópolis foi repassado a iniciativa privada que iniciou há 2 anos a construção de uma nova pista. Em Rondônia, a BR-364 continua com os mesmos problemas de conservação. Há trechos com grande incidência de buracos entre Pimenta Bueno a Ariquemes. A entrada do município, que hoje é o maior produtor de peixe de Rondônia, está praticamente intransitável e as equipes do DNIT vivem alterando o trajeto dos motoristas causando mais transtornos.
O coordenador da bancada federal, deputado Lucio Mosquini (MDB), diz que a BR-364 não deveria estar passando por esses problemas já que o Governo Federal mantém 3 contratos com empresas para prestar serviços de manutenção. A expectativa deste ano de 2020, segundo ele, é o processo de privatização da rodovia.
Mosquini explica que a BR-364 está divida em 7 lotes de 100 quilômetros e que a Secretaria Nacional de Privatização, criada no Governo Bolsonaro, está cuidando dos trâmites para o repasse não oneroso a iniciativa privada. “Essa medida não deve vingar porque a empresa que vencer a disputa fica obrigada a fazer 10% de duplicação a cada ano do lote que vencer, aí então passaria a cobrar o pedágio.
De qualquer forma, será ruim para Rondônia porque assim que iniciar o processo de privatização a BR-364 perde seus recursos para investimentos, apenas para conservação. Ou seja, não poderemos mais pedir a construção de uma terceira faixa ou duplicação”, disse Mosquini.
Ouvido pelo RONDONIAGORA, o deputado Coronel Crisóstomo (PSL) disse que encaminhou ofícios ao Ministério dos Transportes exigindo explicações sobre os investimentos na conservação da rodovia.