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Jaru, 3 de maio de 2024

6 mitos e verdades que você precisa saber sobre azia

A azia é o sintoma de origem gastrointestinal mais sentido pelos brasileiros. É o que aponta levantamento nacional encomendado por ENO e Sonrisal ao instituto de pesquisa IPSOS Brasil.

Segundo o estudo, 24,4% dos entrevistados citaram a azia como o sintoma gastrointestinal mais frequente experimentado nos últimos três meses[1].

O sintoma, que aparece em primeiro lugar no ranking que lista outros 15 desconfortos estomacais, é seguido por cólicas menstruais e dores de barriga. Conheça abaixo seis mitos e verdades sobre azia e má digestão listados pela Dra. Ana Santoro (CRM: 5247120-3), Gerente Médica da GSK Brasil.

    Tomar leite combate azia e queimação no estômago  ✓ MITO

O leite contém grande quantidade do ácido secretado pelo nosso organismo. Porém, depois que o estômago esvazia, o ácido gástrico que ainda é produzido não é capaz de ser reduzido. Isso faz com que o pH do estômago diminua, contribuindo para a ocorrência de azia e queimação. [2]

    Fumar afeta o estômago e agrava o quadro de azia ✓ VERDADE

O hábito de fumar compromete a capacidade do estômago de neutralizar ácidos após uma refeição, o que acaba permitindo que o ácido produzido pelo organismo e proveniente dos alimentos ingeridos ataque o revestimento estomacal de forma mais agressiva.[3]

    Corrigir a postura pode evitar azia antes de dormir ✓ VERDADE

O refluxo ocorre quando o ácido gástrico ultrapassa o esfíncter esofágico e reflui para o esôfago, provocando sensação de dor e/ou desconforto, conhecido como azia. Caso a pessoa esteja com esse sintoma, além de evitar comidas pesadas à noite, elevar a cabeceira da cama cerca de 15cm pode ajudar a contê-lo. [4]

    Praticar exercícios combate má digestão ✓ MITO

Embora não haja comprovação científica sobre este fato, sabemos que exercícios de longa duração podem provocar sintomas no trato intestinal, entre eles azia. O ideal é ingerir, com moderação, gorduras e proteínas e privilegiar uma dieta rica em fibras e soluções hipertônicas de carboidratos antes da prática de exercícios, reduzindo assim os sintomas gastrointestinais.[5]

    Jejum estimula vasoconstrição e gera azia ✓ VERDADE

A literatura sobre o assunto sugere que a redução do número de refeições e a perda das reservas hepáticas de glicogênio – substância utilizada pelo organismo como fonte energética – resultam na liberação de serotonina e epinefrina (adrenalina), o que pode causar alterações vasculares e gerar azia e dor de cabeça. Liberação de hormônios do estresse e hipoglicemia também estão envolvidos nesse processo.[6]

    O sintoma da azia desaparece sozinho ✓ MITO

A pesquisa encomendada por ENO e Sonrisal também apontou que 30% dos brasileiros preferem esperar os sintomas de azia e má digestão desaparecem sozinhos a buscar um tratamento adequado[7]. Esse hábito prejudicial à saúde pode acarretar dor torácica não cardíaca, tosse noturna crônica e dor de garganta. Uma das indicações é o uso de medicamentos antiácidos de rápida ação. Hoje há medicamentos com bom custo benefício e que não precisam de prescrição médica, como o Sal de Fruta ENO, que começa a agir a partir de seis segundos[8].

 

Referências:

[1] U&A IPSOS Brasil.

[2] Relationships Between the Acidity and Osmolality of Popular Beverages and Reported Postprandial Heartburn.

[3] Consequências do tabagismo para a saúde. Fábio de Barros Correia Gomes – Saúde Pública, Sanitarismo. Agosto 2003.

[4] Doença do refluxo gastroesofágico: uma afecção crônica. Ethel Zimberg Chehter. ARQ. MED. ABC 29 (1), 2004 12.

[5] Efeitos do Exercício Físico Sobre o Trato Gastrointestinal. Ver Bras Med Esporte – Vol.14, nº 1- Jan/Fev, 2008.

[6] Martins LB, Azevedo JF, Lima DC, Costa AB, Teixeira AL, Oliveira DR, Ferreira AV. Migrânea e os fatores alimentares desencadeantes. Headache Medicine. 2013; 4(2):63-9.

[7] U&A Ipsos Brasil.

[8] Em referência ao seu mecanismo de ação, Referência bibliográfica Johnson, S.M. e Suralik, J., Pratical Gastroenterology, 2009; 33(2): 28-32.  

Heart burn
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Autor: Barros, Andre Luiz
Fonte: O Nortão

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