A flexibilização do uso de máscara, a baixa adesão à vacinação e o tempo seco provocaram o aumento no registro de doenças respiratórias nos últimos 2 anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, houve uma alta de 89,73% nos registros hospitalares e ambulatoriais de doenças respiratórias de janeiro a maio de 2022, quando comparado com o mesmo período do ano passado.
Doenças como bronquite, sinusite, rinite alérgica e pneumonia são as que mais levaram à procura por atendimento médico.
Os dados referentes a bronquite registraram uma alta de 142%, de sinusite foi de 108,33%, pneumonia aumentou 74,15%, já de rinite alérgica a alta foi de 67,13%.
A síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que inclui a Covid-19, foi a única que apresentou queda. O recuo foi de 45,33%. Isso acontece porque a Covid-19 esteve associada ao maior número de pessoas internadas e que foram a óbito no país entre março e abril de 2021.
Como reduzir os riscos
O ressecamento das vias aéreas pode causar desconforto, dificultar a respiração e piorar quadros de sinusite, bronquite, asma e rinite.
Cuidados básicos, incluindo a vacinação contra a gripe e contra a Covid-19, contribuem para reduzir as chances de infecção e de agravamento das doenças.
Como minimizar os efeitos do tempo seco e da baixa umidade? Eles são os principais fatores que contribuem para o aumento da circulação de vírus e fungos no ambiente.
Cobertores e casacos, que ficam muito tempo guardados no armário, fazem aumentar as doenças de inverno, sobretudo respiratórias. As mucosas nasais ressacadas também contribuem bastante.
A vacinação contra a gripe previne o surgimento de complicações decorrentes da infecção pelo vírus influenza, reduzindo os riscos de morte e de pressão sobre o sistema de saúde. O mesmo acontece com a imunização contra a Covid-19, incluindo a dose de reforço.
A queda de temperatura também é favorável para a circulação do vírus sincicial respiratório (VSR), que pode causar infecções nas vias respiratórias, principalmente em crianças menores de 5 anos. O Ministério da Saúde alerta que a prevenção e o diagnóstico precoce podem ajudar a evitar os casos graves.
Medidas podem ajudar a reduzir os riscos de bronquiolite e pneumonia, como evitar o contato ou exposição da criança com outra pessoa contaminada, reforçar os cuidados básicos de higiene como lavagem frequente das mãos com água e sabão e limpeza dos objetos que podem estar contaminados, como brinquedos.