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Jaru, 20 de abril de 2024

‘Vivo mais na delegacia que ele, me sinto bandida’, diz vítima de agressão

“Eu me sinto uma bandida, pois vivo mais na delegacia do que ele. Estou acuada dentro de casa junto com o meu filho, que nem para a escola está indo mais. Tenho medo de que ele me mate”, é o que conta uma jovem de 21 anos do Distrito de Nova Mutum Paraná em Porto Velho, que foi agredida pelo ex-companheiro por dois dias seguidos.

Apesar das duas medidas protetivas expedidas contra o ex, a jovem que não quis se identificar, relata o pânico vivido nos últimos dias. Na noite de quarta-feira (10) ela foi agredida e por pouco não acabou enforcada pelo homem com quem tinha um relacionamento. Ela conseguiu ligar para a polícia e ele foi preso em flagrante. “Se eu tivesse condições financeiras, eu sairia daqui, iria embora, mas como não tenho, acabo ficando presa dentro de casa”, conta.

Ele me agrediu de um jeito que eu nunca vou esquecer. Agora vou prosseguir com a causa, espero que a Lei Maria da Penha me ampare”
Vítima

Além do trauma de ter que passar por um exame no Instituto Médico Legal (IML) para comprovar a agressão, a vítima voltou para casa e enfrentou mais uma vez momentos de terror. Ao ser solto e mesmo com o documento que o impedia de chegar perto da ex-mulher, o suspeito voltou até a residência dela e passou a ameaçá-la.

“Já tenho duas medidas protetivas contra ele, tanto do delegado do distrito, quanto do delegado de Porto Velho, mas é capaz dele aparecer aqui em casa e tentar fazer algo comigo de novo. Tenho medo de que essa noite eu tenha que voltar à uma delegacia ou pior, que ele acabe me matando”, desabafa a jovem.

Ao ouvirem as ameaças, os pais da jovem acionaram a Polícia Militar (PM) que localizou o suspeito na BR-364. Ele estava em posse de uma faca e não soube explicar à polícia o motivo de estar armado. A PM informou ainda que, durante o trajeto para a Central de Flagrantes, o suspeito ameaçou várias vezes a ex-mulher de morte.

A jovem conta que o ex-companheiro já havia sido agressivo com ela há 15 dias, mas não registrou ocorrência contra ele. “Os pais dele sempre me alertaram que ele era violento, mas na quinta (10) ele passou dos limites e me agrediu de um jeito que eu nunca vou esquecer. Agora vou prosseguir com a causa, espero que a Lei Maria da Penha me ampare”, desabafa.

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