O momento da eclosão de centenas de tartarugas ao mesmo tempo é de causar suspiros apaixonantes pelos amantes da natureza. Os filhotes eclodiram na praia do rio Guaporé, em São Miguel do Guaporé (RO) e a expectativa é que, até o final da semana, 12 milhões de tartaruguinhas nasçam.
A soltura é monitorada por voluntários do projeto Quelônios da Amazônia e da Associação Comunitária Ecológica do Vale do Guaporé (Ecovale). Segundo a organização, o monitoramento é considerado fundamental para a manutenção da espécie.
Um dos objetivos dos voluntários é assegurar que os filhotes saiam do “berçário” e cheguem as águas do rio Guaporé em segurança.
Tartaruga-da-amazônia
Segundo a Ecovale, as tartarugas encontradas no Guaporé são a maior espécie de quelônio de água doce da América do Sul, podendo chegar a um metro de comprimento e pesar até 75 quilos.
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Tartaruga-da-amazônia é uma espécie de grande porte — Foto: Camila Ferrara/Arquivo Pessoal
Os adultos aproveitam a faixa de areia nas margens do rio Guaporé e cavam seus ninhos para a desova. Este ano, a desova aconteceu em outubro e a expectativa é que até o momento, mais de 700 mil filhotes já eclodiram.
Atualmente há pelo menos seis áreas de desova em cerca de 120 mil ninhos protegidas pelo projeto.
Depois da eclosão, os voluntários recolhem os filhotes dos ninhos e os levam para os “tanques-rede”, onde ficam até perderem o odor característico, que atrai os predadores. Após esse período é realizada a soltura em áreas mais seguras.
Segundo os voluntários, a intenção do manejo é aumentar a taxa de sobrevivência dos quelônios, que nos primeiros dias de vida, são frágeis e não conseguem se proteger de outros animais e do próprio ser humano.
