Os vereadores de Porto Velho da atual legislatura querem reajustar os próprios salários para R$ 18 mil a partir de janeiro de 2017, alegando “correção pela inflação”. E eles conseguiriam, mas na última sexta-feira os vereadores José Wildes de Brito (PDT) e Fátima Ferreira (PT) protocolaram, na Divisão das Comissões, o Projeto de Resolução nº. 679/2016, mantendo o salário atual de R$ 12.025 mil e reduzindo a gratificação de representação do presidente de R$ 6 mil para R$ 3 mil. Os valores seriam atualizados, anualmente, pela inflação.
A proposta conta com o apoio dos vereadores Cláudio da Padaria e Ana Maria Negreiros (PDT), Chico Lata (PP) e Sid Orleans (PT), mas há quem considere um salário de R$ 15 mil ideal, uma espécie de meio termo, ou seja, nem R$ 18 mil nem R$ 12 mil, mas R$ 15 mil.
Por lei, o salário do vereador é fixado no final do mandato para vigorar nos próximos quatro anos. Lembrando que, além da remuneração, o parlamentar tem direito a verba de gabinete de R$ 24 mil, para pagamento de assessoria parlamentar, verba indenizatória de R$ 90 mil/ano, para despesas diversas, e décimo terceiro salário.
Até hoje a câmara não pagou os direitos trabalhistas dos quase 350 comissionados que foram exonerados em outubro, os servidores estatutários não recebem recomposição salarial há três anos, nem a mudança de faixa, que deveria entrar na folha de outubro.
A Câmara de Porto Velho está longe de ser um exemplo de “fiscalização”. Até hoje não mostrou, de fato, para que serve. Quer dizer, mostrou que salário de vereador nunca é suficiente, por maior que seja.
Fonte: PAINEL POLÍTICO