A partir do dia 10 de junho, os produtores de soja de Rondônia devem cumprir mais um vazio sanitário, período de 90 dias em que o solo deve ficar ‘descansando’.
🌱 De acordo com o Ministério da Agricultura, o objetivo é controlar a ferrugem-asiática da planta, chamada de Phakopsora pachyrhizi.
Vazio sanitário da soja — Foto: Camila Roberta Javorski Ueno/Adapar
Vazio sanitário
O fungo causador da Ferrugem é do tipo ”biotrófico”, ou seja, necessita da planta viva para sobreviver e completar seu ciclo vital.
Fundamentado neste conhecimento, foi instituído o vazio sanitário – período obrigatório de no mínimo, 60 dias, em que não pode semear ou manter plantas vivas de soja no campo.
Esse período de ausência total de plantas vivas de soja vai até o dia 10 de setembro.
O fungo da ferrugem, além de ser do tipo biotrófico, é bastante leve e seu principal meio de dispersão são as correntes aéreas (vento) e as principais fontes de inóculos eram as lavouras de soja na entressafra (soja irrigada), plantas guaxas (voluntárias, gaudérias ou tigüeras) e também as lavouras de países vizinhos, especialmente da Bolívia e do Paraguai.
De acordo com a Embrapa, ao eliminar as plantas de soja na entressafra, quebra-se o ciclo do fungo, reduzindo assim a quantidade de esporos presentes no ambiente.
O descumprimento do vazio sanitário em Rondônia gera multa e destruição da área plantada.
G1