A inclusão da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) no Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), anunciada pelo governo federal na terça-feira (13), atende as expectativas da empresa e será benéfica para os usuários, avalia a presidente da empresa, Iacira Azamor.
A privatização da empresa está descartada por conta dos débitos que a tornam pouco atrativa ao mercado do setor. “É importante deixar bem claro que o governo de Rondônia quer preservar o patrimônio que pertence ao governo do estado”, acentua Iacira Azamor.
A Caerd tem dívidas em torno de R$ 1 bilhão e folha de pagamentos que consome cerca de 80% da arrecadação. A presidente diz que uma situação assim necessita do impacto que a gestão privada pode provocar.
Segundo Iacira, a empresa foi ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para pedir adesão ao programa de fomento à infraestrutura. O anúncio da inclusão da empresa no PPI corresponde às demandas apresentadas. O modelo de concessão, entretanto, ainda será definido pelo conselho gestor criado no âmbito da própria Caerd.
Há um passo a passo da concessão que já está definido. Mas, uma consultoria definirá o modelo a ser utilizado. Esta construção inclui a situação dos funcionários da empresa e como o processo de transição será executado.
PARCIAL
No decorrer do processo ainda será definido o que será incluído na concessão. Pode ficar restrita à parte de serviços, pode ser em apenas alguns municípios. Tudo ainda será objeto de estudos.
“A população deve ficar tranquila”, diz Iacira. Segundo ela, o principal interesse do governo de Rondônia é que a companhia, após processo, possa atender a população de forma digna.
Sobre as obras em andamento no âmbito da empresa, a presidente diz que não serão afetadas porque são de iniciativa do governo do estado.
EMPREGO
Instituído pelo governo federal e anunciado terça-feira (13), PPI tem como objetivo central a geração de empregos no País. As concessões e privatizações acontecerão em alguns setores.
O presidente da República, Michel Temer, diz que a interlocução do poder público com a iniciativa privada é importante para induzir o desenvolvimento econômico, com reflexos nos empregos e na renda das famílias.
O BNDES atuará para financiar projetos na área de saneamento básico. O Brasil ocupa, atualmente o 112º lugar em rede de saneamento básico. Tem 35 milhões de brasileiros sem acesso ao abastecimento de água e mais de 100 milhões sem de coleta de esgoto.
Matéria:Secom