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Jaru, 23 de novembro de 2024

Três suspeitos de executar jovem que mandou matar o próprio pai são presos em Porto Velho

Três pessoas foram presas na última terça-feira (28) suspeitas de participação na morte de Juscelino Júnior Matos Magalhães. O crime aconteceu no dia 28 de novembro do ano passado em Porto Velho. A vítima tinha 19 anos.

Segundo a Polícia Civil, no dia do crime os investigados se encontraram com Juscelino Júnior no residencial Orgulho do Madeira, na Zona Leste da capital, onde atiraram contra ele. O jovem foi atingido com aproximadamente 11 tiros.

A motivação do assassinato seria a disputa pelo comando do tráfico de drogas em Porto Velho. Juscelino Júnior teria feito um acordo “para mudar de organização criminosa, apresentando uma arma de fogo como pagamento”. Mas quando ele entregou a pistola, os suspeitos não o aceitaram na facção e o mataram com a arma que ele trouxe, de acordo com a 2ª Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes contra a Vida.

Quem é Juscelino Júnior?

 

Ele tinha apenas 16 anos quando se tornou suspeito de ser o mandante da morte do próprio pai. O adolescente, na época, contratou quatro homens, em troca de R$ 20 mil, para simular um assalto e tirar a vida de Jucelino Fotele Magalhães.

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O adolescente chegou a ser encaminhado a uma unidade de internação e foi liberado. Em novembro de 2022 o corpo do jovem foi encontrado em um matagal da Zona Leste de Porto Velho. De acordo com o boletim de ocorrência, o corpo foi localizado na beira de um córrego com 10 perfurações por arma de fogo: no pescoço, testa, cabeça e mão.

Segundo a Polícia Civil, a morte de Juscelino Júnior não tem ligação com o assassinato do pai dele.

A morte do pai

 

Jucelino Fotele Magalhães, pai da vítima, era dono de um mercado no bairro Socialista, na capital. Ele foi morto no dia 10 de maio de 2019 e, inicialmente, o crime era tratado como um assalto seguido de morte. Após o crime, os bandidos fugiram com R$ 2 mil em dinheiro.

Em novembro de 2021, quatro homens foram condenados por participação na execução do crime. As investigações apontaram que o adolescente contratou os réus em troca de R$ 20 mil para forjar o assalto e executar a vítima com tiro na cabeça.

O que contribuiu para elucidação do crime foram câmeras de segurança. Imagens de um estabelecimento mostravam o filho da vítima, na época com 16 anos, fazendo um sinal aos assaltantes avisando o momento certo para executarem o crime.

No depoimento, o garoto ainda afirmou que planejava a morte dos executores do pai, para não pagar a dívida do homicídio. A simulação do latrocínio também foi tramada pelo menor.


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