O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e a Polícia Civil cumprem, nesta quarta-feira (11), mandados de busca e apreensão contra o principal suspeito de incendiar uma área de 270 hectares dentro da Reserva Extrativista Estadual Rio Preto Jacundá. A área passava por um processo de recuperação depois de ser destruída por grileiros.
De acordo com o MP-RO, quatro mandados de busca e apreensão são cumpridos em dois endereços ligados ao suspeito: uma residência e um imóvel rural, ambos localizados em Cujubim (RO). Um dos mandados permite o acesso a dados telemáticos do suspeito.
A Justiça também determinou que o homem compareça periodicamente em juízo e se abstenha de se aproximar ou entrar na Resex Rio Preto Jacundá.
A operação foi nomeada como Anhangá e faz referência a um espírito do folclore que protege as matas, rios e animais selvagens.
Participaram e colaboraram com a ação: o Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente do Ministério Público do Estado de Rondônia (Gaema), 1ª Promotoria de Justiça, Polícia Civil, Polícia Militar do Estado de Rondônia, a Polícia Técnico-Científica do Estado de Rondônia (Politec) e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).
Em setembro, 270 hectares de uma área reflorestada dentro da Resex Rio Preto Jacundá foram destruídos pelo fogo. Um relatório enviado ao MP-RO apontava se tratar de um incêndio criminoso praticado para interromper o projeto de recuperação causando danos ao meio ambiente.
O projeto foi realizado pela ONG Rio Terra, governo de Rondônia e investidores. Quase 400 mil mudas de 100 espécies diferentes de árvores foram plantadas na reserva, entre elas espécies ameaçadas de extinção, como castanheira, cedro e mogno. Todas elas foram destruídas pelo fogo.
fonte: G1 RO