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Jaru, 23 de abril de 2024

Suspeito de estupro é queimado vivo após população invadir quartel de Borba, no Amazonas

Gabriel Lima Cardoso, de 18 anos, foi linchado e queimado em via pública no início da noite deste domingo (8) no município de Borba, a 151 quilômetros de Manaus. Ele estava preso suspeito de estuprar e matar com 16 facadas, no último dia 4, uma adolescente de 14 anos

O linchamento de Gabriel aconteceu em via pública no município, depois que dezenas de pessoas invadiram o quartel da Polícia Militar do município, onde ele estava preso, e o tiraram de lá. De acordo com o secretário de Segurança do Estado, coronel Anésio Paiva, alguns policiais chegaram a ser feridos pela população na invasão ao quartel. “Como o crime causou muita comoção na cidade, levamos o preso para o quartel por motivos de segurança, mas as pessoas invadiram o local. Era muita gente”, afirmou o coronel.

As imagens a que a reportagem teve acesso são impublicáveis. Elas mostram dezenas de pessoas completamente ensandecidas diante do preso já inconsciente. Em frente a uma viatura da Polícia Militar, eles espancam incessantemente Gabriel, com duros golpes na cabeça, pedradas, pauladas e chutes.

Dois homens, então, pegam o corpo e colocam em cima da viatura, para exibi-lo para a multidão. Com o corpo exposto, mais pessoas batem na cabeça de Gabriel, filho de um pastor do município, até o local abrir de tanto sangue, em uma cena chocante. Depois disso o corpo é levado para a rua, onde um pneu já está em chamas e é atirado no fogo. A multidão, com os celulares nas mãos para registrar a cena, chega a comemorar na hora que o corpo é colocado nas chamas.

Segundo o secretário, a Polícia Civil já havia até solicitado à Justiça para que Gabriel, preso neste domingo (8), fosse transferido para Manaus justamente por questões de segurança. “Infelizmente não deu tempo”, lamentou.

Investigações 

De acordo com o secretário de Segurança, todas as pessoas envolvidas no crime serão identificadas e punidas. “Podem ser 30, 40, não importa. Quantas forem nós vamos identificar e prender”, afirmou ele, acrescentando que os responsáveis pelo linchamento cometeram, além do homicídio, lesão corporal e dano ao patrimônio público.

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