O governador Marcos Rocha falou nesta quarta-feira (3), em entrevista exclusiva à Rede Amazônica, sobre as ações de combate ao novo coronavírus em Rondônia.
Ao ser perguntado pela repórter Maríndia Moura se Rondônia analisa a possibilidade de lockdown (bloqueio total ou confinamento), Marcos Rocha afirmou ser contra o fechamento total do comércio.
“A gente tem dois grupos em Rondônia: um grupo quer que pare e tem o grupo que não quer a paralisação. Se você fecha o comércio, você vai causar mortes. Vai causar a perda de trabalho e isso vai deixar a pessoa sem condições de se sustentar. Se você não fecha tudo, então também provoca mortes. Se fechar ou não, você tem uma corrente contrária a essa ação. Então aqui no estado eu particularmente sou contra o fechamento. Eu acredito que a regra de distanciamento é a melhor regra que se tem”, diz o governador.
Ainda segundo Marcos Rocha, ele chegou a conversar com outro governador sobre a questão do isolamento social. “Ele me disse que no estado dele as pessoas só entenderam essa importância quando perderam alguém da família para o coronavírus”, revelou.
Na entrevista, o governador também falou sobre a situação crítica da saúde em Porto Velho, que nesta semana chegou a 100% de ocupação dos leitos de UTI’s para pacientes com Covid-19.
“O estado tem feito esforços para aumentar o número de leitos, nós inclusive compramos um hospital recentemente, o Regina Pacis, para poder atender a demanda [de coronavírus]. Entretanto ele ainda está em manutenção, está sendo reformado e deve ser entregue nos próximos dias, aumentando o número de leitos disponíveis”, ressaltou. O estado comprou o Regina Pacis no dia 7 de maio por R$ 12 milhões.
Rocha criticou ainda o não respeito ao isolamento social por parte da população de Rondônia.
“O que tem tirado a nossa paz é que muita gente não entendeu a gravidade dessa doença. A gente vem o tempo inteiro anunciando para tentar ficar em casa, se puder. Aquele por ventura que precisa ir no mercado, que vai só uma pessoa e não vai a família inteira. Temos que ter esses cuidados agora. Sei que nós rondonienses temos costumes de ficar na calçada, jogando um futebol, mas esse não é o momento. Há uma necessidade de que a população se una, que as pessoas ajudem o estado [no combate da pandemia]”, pede.
fonte: g1.globo