(Foto: Luis Robayo/AFP)
O número de casos de gestantes contaminadas com o vírus zika em Vilhena(RO), região do Cone Sul, aumentou para 11 até a última sexta-feira (1º), segundo informações divulgadas pela Vigilância Epidemiológica do município. Na primeira semana de março, eram oito diagnósticos confirmados.
O bairro Novo Tempo é a área com maior incidência, contabilizando dois casos. Também foi registrada ocorrência no 5° Bec, Jd. América, Jd. Primavera, Bela Vista, Cristo Rei, Barão do Melgaço, São José, Embratel e no Centro da cidade.
Das mulheres com o vírus, duas estão no primeiro trimestre da gravidez. De acordo com os especialistas, este é o período mais delicado, pois as chances do vírus ultrapassar a barreira placentária e causar más formações cerebrais na criança são maiores.
No dia 14 de março, uma das grávidas deu a luz a um bebê saudável. Até o momento, o Ministério da Saúde acredita que há uma relação entre infecção por zika na gravidez e má formação neurológica como a microcefalia (condição em que a circunferência do crânio é menor que o considerado normal para a idade do feto ou da criança). O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e chikungunya.
Primeiro caso de microcefalia
No dia 27 de janeiro, foi registrado em Vilhena o primeiro caso de bebê com microcefalia no estado de Rondônia. Apesar de a criança ter nascido na cidade, a família não reside no município e, sim, no estado do Mato Grosso. Após o nascimento, o bebê precisou ser transferido para uma UTI neonatal de Porto Velho.
Desde então, foram realizados mutirões entre os dias 18 de janeiro e 29 de fevereiro para combater o mosquito transmissor. Dos quase 34 mil imóveis cadastrados na cidade, 68,9% foram vistoriados.
Segundo a Divisão de Endemias, responsável pelo trabalho de conscientização, as visitas dos agentes de saúde continuarão até fiscalizarem 100% dos imóveis. Uma nova campanha deve iniciar a partir do mês de abril.
