Ao todo, cinco mandados de prisão preventiva, um mandado de afastamento de função pública e 32 mandados de buscas foram cumpridos em Porto Velho, Ariquemes (RO), Vilhena (RO), Cassilândia (MS) e Brasília (DF).
Os presos, entre eles um advogado, serão ouvidos pela PF e “encaminhados para as unidades prisionais correspondentes”, onde permanecerão à disposição da Justiça.
Investigações
De acordo com a polícia, as investigações tiveram início em 2021, após a deflagração da operação Amicus Regem, quando se investigava uma organização criminosa especialista em fraudar processos judiciais de desapropriação de terras, causando prejuízo aos cofres do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Após as análises, a PF instaurou inquérito policial para apurar a organização da milícia, patrocinada pelos integrantes da mesma família, para garantir a posse sobre uma fazenda que vem sendo palco para inúmeros conflitos agrários no estado.
Para garantir a posse do imóvel, com cerca de 33 mil hectares, os seus proprietários contrataram servidores públicos do estado para que fossem feitas rondas pela região, para afastar os invasores e que o armamento de grosso calibre permanecesse na sede do imóvel.
A partir disso, a polícia descobriu que houve uma movimentação financeira superior a R$ 445 milhões, que comprovou o pagamento aos servidores contratados para fazer a segurança particular da propriedade.
Segundo a polícia, os investigados poderão responder pelos crimes de constituição, financiamento e integração de milícia particular e lavagem de dinheiro, cuja penas podem superar 20 anos de reclusão.
Operação Lamassu da PF — Foto: Divulgação
Operação Lamassu
De acordo com a PF, o nome da operação tem origem na mitologia mesopotâmia, com referências a estátuas colocadas nas entradas dos palácios reais, para causar medo e afastar invasores.
G1