A segunda fase da Operação Azougue foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (17) para coibir o garimpo ilegal na Área de Preservação Ambiental (APA) do Rio Madeira, em Porto Velho. A ação apreendeu 14 dragas, notificou 15 pessoas e prendeu um por porte ilegal de arma. De adordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado (Sesdec), os números podem aumentar, pois a fiscalização segue até o fim da sexta-feira (18).
De acordo com o tenente da Polícia Militar André Glanert, das 14 embarcações apreendidas, sete eram de Humaitá (AM), uma de Manicoré (AM) e seis de Porto Velho. Ele afirma que o intuito da Azougue é notificar, lavrar multas e prender infratores que estejam atuando em área de proteção ambiental.
A área de proteção do Rio Madeira tem aproximadamente 21 quilômetros e compreende a extensão da Usina de Santo Antônio até a curva do Rio Madeira. Para Glanert, a dificuldade de conter os suspeitos é que muitos são movidos pelo desejo de enriquecimento fácil.
“Prejudica o meio ambiente e os próprios trabalhadores. Os empresários agem na clandestinidade, ferem os direitos trabalhistas e o estado não arrecada dinheiro”, explica.
O advogado Eduardo Belmont atua na defesa de três responsáveis por dragas apreendidas. Segundo ele, a maioria das dragas estavam em trajeto pelo Rio Madeira o que não caracteriza exploração mineral em local proibido.
“Eles fizeram a operação, trouxeram algumas que estavam no trajeto do rio, mandaram outras embora, enfim, não sabemos o critério que adotaram referente à apreensão. Navegar no rio é crime ambiental?”, questiona.
A Azougue foi realizada tem parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambienta (Sedam), Polícia Militar Ambiental, Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Sociedade de Portos e Hidrovias (Soph). A primeira operação foi realizada no dia 11 de setembro e prendeu inicialmente 14 pessoas em flagrante por extração ilegal de ouro e outros crimes como tráfico de drogas no Rio Madeira.