A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Rondônia confirmou nesta sexta-feira (29) que enviou amostras à Fiocruz no Amazonas para verificar se há circulação da variante do coronavírus no estado. O resultado deve ser divulgado na próxima semana.
Foram coletadas 30 amostras e enviadas ao mesmo pesquisador que identificou a cepa brasileira em Manaus no começo do ano.
Segundo Deusilene Vieira, pesquisadora em saúde pública da área de virologia da Fiocruz, o coronavírus é mutável então é natural que sofra variações, mas cada uma pode ter uma consequência.
“Nós sabemos que estão circulando variações que estão correlacionadas à transmissibilidade, ou seja, o aumento da disseminação do vírus na população. Então se essa variante for encontrada aqui, o ideal é que as medidas restritivas sejam prolongadas. Vai depender muito do tipo de variação que a gente vai encontrar para poder determinar as medidas, mas o ponto inicial a gente já sabe: trabalhar com medidas restritivas independente do tipo de variação é fundamental”, disse.
Especialistas que acompanham a evolução do novo coronavírus afirmam que a variante chamada de P.1, identificada em Manaus no começo do ano, tem potencial para infectar pessoas que já tiveram a Covid-19. Entretanto, a análise exige cautela e os pesquisadores aguardam estudos conclusivos.
Nova variante já está em oito países. Pelo menos cinco estados brasileiros estudam casos suspeitos; Amazonas e São Paulo já confirmaram a reinfecção pela mutação.