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Jaru, 20 de abril de 2024

Realidade sobre conflitos no campo é debatida em audiência pública

 

Uma audiência de importância social, com reconhecimento a uma realidade de injustiça social em nosso País e nosso Estado e de resistência na busca por dignidade no campo. Está é síntese do deputado estadual Lazinho da Fetagro (PT) a realização da Audiência Pública de lançamento do Caderno de Conflitos no Campo Brasil 2018, hoje (25), na Assembleia Legislativa.

A atividade, de propositura do deputado Lazinho e organização em parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT Rondônia), foi marcada pela apresentação de registros reais sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro em 2018, neles inclusos indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais; trazendo dados que exigem ações de enfrentamento para que haja justiça e igualdade na distribuição de terras em todo nosso país.

“Esta atividade é de denuncia e registro da luta e resistência pela terra e para manter-se nela”, afirmou o deputado Lazinho registrando também seus cumprimentos à CPT “que atua com responsabilidade e traz clareza para toda sociedade sobre a realidade da busca pelo acesso á terra”.

Na apresentação dos resultados obtidos no caderno Conflitos no Campo Brasil 2018 registrou-se 1.489 conflitos em 2018 ante os 1.431 de 2017, o que representa um aumento de 3,9%. A maioria destes conflitos está concentrada na região amazônica com 38,5 milhões de hectares de terra estão em disputa, representando quase 5% de todo o território nacional e 97,7% da terra em disputa.

Em relação a assassinatos em 2018, 86% ocorreram na Amazônia Legal, sendo 16 no Pará e seis em Rondônia (com mais quatro em análise), somando 24 na região. No resto do País, foram registradas quatro mortes.

A audiência reuniu representações de entidades dos estados de Rondônia, Acre, Roraima e Amazonas. Todos imbuídos nesta causa, contra a exclusão da população do campo, das ameaças e das mortes. E, conscientes da realidade e preocupados, bem como indignados, com a falta de governo sobre estas questões, da consciência e vontade política às mesmas.

Para o Bispo da Diocese de Roraima, Dom Mario Antonio da Silva, aquele momento foi de um anuncio e denuncia, “pois os dados são estarrecedores”. De questionamento ao estado e outros organismos que tem responsabilidades nessa dimensão da terra, não só de tomar conhecimento, mas de evitarem futuros conflitos. E reforçou que é preciso vontade política para resolver os problemas do campo. “Questionamos a morosidade, a omissão a impunidade.”

Dom Mario clamou para que a luta siga por políticas agrárias justas, e que não seja admitido que justificativas legitimem a situação de violência no campo. “Esse

relatório é público e corajoso e instrumento de luta por justiça e dignidade”, observou.

O deputado Lazinho da Fetagro encerrou agradecendo a todos, em especial a CPT, e colocando seu mandato sempre à disposição e como parceiro de luta..

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