Fernando é natural do Paraná, mas chegou a Rondônia ainda criança. E o amor pelo 3° estado mais populoso do Norte foi tão grande que ele adotou Rondônia como seu ‘sobrenome de guerra‘.
Ao g1, ele explica que o sentimento que o motivou a sair do Brasil virou um caminho para o empreendedorismo.
“Em 2001 eu consegui me mudar para os EUA. Quando cheguei aqui, como todo começo foi tudo bem difícil. O frio é bem rígido e foi complicado para eu me adaptar. A comida na rua é completamente diferente do que a gente come aí no Brasil. O serviço que consegui, à época, foi na carpintaria, porque naquele tempo não tinha a tecnologia que se tem hoje. Então, trabalhava com o que dava”, relembra.
Depois dos quatro primeiros anos residindo nos EUA, segundo Fernando, ele passou a escolher os trabalhos que realizaria por lá.
“Os imigrantes por aqui trabalham muito rápido, muito mesmo. Então tive que me adaptar a isso também, mas depois já estava mais familiarizado e já poderia pegar meus próprios trabalhos”, conta.
Tá mais difícil ‘o sonho americano’
Na redes sociais, Fernando mostra os bônus e ônus de morar fora do país. Há mais de duas décadas por lá, ele notou que depois da guerra entre a Ucrânia e a Russia, o começo de vida nos EUA tem sido mais difícil para os imigrantes.
“Principalmente para as famílias. Uma família com quatro pessoas não consegue bancar suas despesas por aqui. Os aluguéis ficaram muito caros. Tudo está mais difícil. Não quero florir o que acontece por aqui, quero mostrar nas minhas postagens a realidade para ninguém ser iludido quando vir morar aqui. Costumo destacar que é preciso, no mínimo, dois anos de muito trabalho para começar, de fato uma vida nos EUA”, diz.
Rondoniense que vive há mais de duas décadas nos EUA compartilha realidade americana nas redes sociais: “quero inspirar” — Foto: arquivo pessoal
As redes sociais de Fenando é o elo com os rondonienses. O campo da internet, segundo ele, é o que faz lembrar e diminuir a saudade das pessoas que ficaram por aqui.
No Facebook, mais de de 500 mil pessoas acompanham os vídeos e fotos do rondoniense em solo americano.
“Eu uso como identidade o nome de Rondônia no meu próprio nome. É a minha terra. Sim, eu vim realizar meu sonho americano aqui. O sonho nunca pode morrer, mas também não podemos esquecer de onde viemos”, ressalta.
Fernando pontua que em seus vídeos não busca incentivar a ida de brasileiros aos EUA de forma ilegal.
“É muito difícil ser imigrante, ainda mais nos primeiros anos. E fazer isso ilegalmente é correr risco. O certo é entrar pela porta da frente e da forma mais correta, que é pelo visto”, destaca.
Celular: o companheiro
Fernando de Rondônia mostra danos causados por um tornado nos EUA — Foto: Facebook/Reprodução