Queimadas acende alerta para riscos em linhas de energia elétrica e estradas por Rondônia

Isso coloca em risco a vida de motoristas que têm a visão prejudicada pela fumaça intensa e da rede elétrica, sendo que as linhas de transmissão ficam em áreas com vegetação.

A Substação Eletronorte, coletora de Porto Velho e uma das mais importantes do país, sofre pressões de queimadas. O local possui três linhas de transmissão, que vem da hidrelétrica de Jirau, e outras quatro de Santo Antônio. Conta, ainda, com duas no Rio Madeira.

A Eletronorte também libera energia para a região sudeste, em Araraquara, interior de São Paulo, e abastece o Acre. Ao todo, são 200 hectares de área com energia.

Para manter a Eletronorte fora de perigo, os funcionários da substação alertam os moradores de áreas rurais e tentam manter o roçado no entorno da substração, evitando que as chamas cheguem ao local e atinja as linhas.

“A gente tem uma estatística entre 2015 e 2017 de até três desligamentos de linhas por queimada. Isso apenas na nossa regional”, disse o gerente regional da Substação Eletronorte, Eduardo Rocha.

No ano passado, segundo estudos das equipes de linhas da Eletronorte, 12 torres foram atingidas por quatro focos de incêndio. O risco, agora, é que os incêndios provoquem apagões.

“Pode acontecer da proteção da linha atuar e desligar essa linha. E, dependendo da demanda que tenha nesse momento, podemos ter um apagão na região ou até no país”, completou o gerente.

Há dois dias, na Zona Leste de Porto Velho, motoristas e pedestres se depararam com um incêndio de grandes proporções em um terreno baldio. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo foi possivelmente provocado por ação humana, já que a área não apresenta rede de fio elétrico.

Outro aconteceu há duas semanas, na BR-421, em Ariquemes (RO), região a pouco mais de 200 quilômetros de Porto Velho. O fogo destruiu pelo menos três quilômetros de vegetação.