O projeto que concedeu a honraria é de autoria do deputado estadual Lucas Torres (PP), protocolado dia 10 de outubro. No texto, ele justifica que Netanyahu “destacou-se como líder” e desempenhou um papel fundamental no fortalecimento de laços entre Brasil e Israel.
O político alegou ainda que a “liderança inspiradora e dedicada” do premiê alcança também o estado de Rondônia.
O texto também aponta Netanyahu como “amigo da comunidade evangélica brasileira” e comprometido com “desafios transcendentais às fronteiras nacionais”.
Na proposta enviada para aprovação na ALE-RO, o deputado também diz estar “ansioso” para receber uma visita de Netanyahu a Rondônia.
Ao g1, a assessoria do deputado informou que ele foi convidado a compor a Frente Parlamentar Brasil – Israel, criada pela bancada federal em Brasília e que estava prevista uma viagem em comitiva para o país. O pronunciamento aponta que o projeto de honraria foi debatido e redigido antes do conflito entre Israel e Hamas, mas “infelizmente” o protocolo do documento só ocorreu no dia 9 de outubro.
O deputado lamentou profundamente as vítimas da guerra entre Israel e Hamas e se solidarizou com “todos os cidadãos que estão sendo afetados por esse conflito devastador”. Ainda por meio de nota, o político informou que avalia a possibilidade revogar a concessão do título devido aos bombardeios.
Quem é Benjamin Netanyahu?
Benjamin Netanyahu, também conhecido como Bibi, tem 73 anos e é o premiê mais longevo Israel.
Seu nome rodou o mundo no último ano, depois que ele propôs uma reforma do Judiciário de Israel que dá ao primeiro-ministro o poder de reverter decisões da Suprema Corte, entre outros pontos. A proposta foi aprovada e gerou alguns dos maiores protestos que Israel já viu.
Recentemente Netanyahu voltou a se tornar um dos assuntos mais comentados, após o desencadeamento da guerra entre Hamas e Israel.
Milhares de pessoas morreram: o número o mais mortal em Gaza em toda a história e o pior em 50 anos para Israel.
Pessoas carregam o corpo de um palestino morto em ataques israelenses, no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, em 9 de outubro de 2023 — Foto: Mahmoud Issa/Reuters