A Prefeitura de Porto Velho encaminhou nesta sexta-feira (8) para a Câmara Municipal um projeto de lei que trata da criação de um Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos (PFAH) para atender pessoas de baixa renda, em situação de vulnerabilidade, ou risco social e estudantes da rede pública de ensino.
A discussão acontece após o presidente Jair Bolsonaro vetar a distribuição gratuita de absorvente menstrual para estudantes e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema.
O g1 teve acesso à íntegra do projeto assinado pelo prefeito Hildon Chaves. Confira abaixo os principais pontos:
- As despesas com as ações previstas na lei serão pagas com os orçamentos das Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf).
- A distribuição gratuita de absorventes para pessoas de baixa renda será feita mediante cadastro no Centro de Referência em Assistência Social (Cras), sob coordenação da Semasf.
- Já para estudantes da rede pública, os repasses às escolas devem ser feitos pelo Programa de Transferência de Recursos Financeiros ou aquisições diretas, sob coordenação da Semed.
O texto destaca que o absorvente íntimo é um instrumento básico de higiene, assim, o Poder Público deve estar atento para garantir o princípio da dignidade humana e a proteção a saúde, principalmente nas instituições de ensino, onde a falta de absorventes higiênicos também é causa de evasão escolar.
“Importante ressaltar que a situação se agravou em virtude da pandemia de Covid-19, e dessa forma as doações se tornaram menos frequentes, por exemplo, e as famílias passam por dificuldades financeiras para adquirirem o produto, que possui um alto custo, considerando, ainda, o aumento do desemprego”, consta no documento.
O projeto será submetido à apreciação e votação na Câmara Municipal de Vereadores.