O estudo também mostra que a capital de Rondônia:
- desceu duas colocações (em 2023, a capital estava na 98ª posição);
- Apenas 1,71% do esgoto é tratado;
- teve 77,32% de perdas na distribuição de água;
- investimento anual médio no período de 2018 a 2022 foi de R$ 37,47 por habitante.
Em Porto Velho, o esgoto continua sendo um grande desafio: em relação ao levantamento realizado no ano passado pelo Trata Brasil, a coleta cresceu apenas 4,73% pontos percentuais no município em um ano, passando de 5,16% para 9,89%.
Água de esgoto escorrendo no asfalto no bairro São Sebastião I na cidade de Porto Velho em 2017 — Foto: Toni Francis/G1RO
A capital de Rondônia ocupa as piores posições em todas as categorias que envolvem o saneamento básico. São elas:
- Acesso à água potável: centésimo lugar, a última colocação;
- Acesso à coleta de esgoto: 96ª posição;
- Volume de esgoto tratado sobre a água consumida: 98ª posição;
- Investimento por habitante: 96ª posição.
Há quase 10 anos entre os piores
Segundo o Instituto Trata Brasil, há 10 anos Porto Velho sempre se apresenta nas piores colocações dentre as 100 maiores cidades do país:
Posição no Ranking nos últimos dez anos
Ano | Posição |
2015 | 100° |
2016 | 99° |
2017 | 97° |
2018 | 100° |
2019 | 100° |
2020 | 99° |
2021 | 99° |
2022 | 99° |
2023 | 98° |
2024 | 100° |
De acordo com estudo, o investimento médio anual do município foi de R$ 37,47 por habitante: mais de 70% abaixo do patamar nacional médio necessário para a universalização do saneamento básico.
Isso indica que o município está distante de alcançar a meta de saneamento básico estabelecida pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico, que prevê que até 2033 mais de 90% da população brasileira tenha acesso à água potável e a serviços de esgoto.
Esgoto aberto na região central de Porto Velho — Foto: Ana Kézia Gomes/G1
O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Porto Velho e com a Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd) e questionou sobre a distribuição de água e o tratamento de esgotos na capital, mas até o momento da publicação desta reportagem, não obteve resposta.