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Jaru, 22 de novembro de 2024

Por que monitorar morcegos em Rondônia ajuda no combate a raiva bovina?

Os casos de raiva em bovinos registrados no primeiro semestre deste ano ultrapassaram o total de 2021 em Rondônia. Em apenas sete meses, sete casos foram confirmados, e em 2021 foram três.

Técnicos da Idaron fazem monitoramento de morcegos em Rondônia — Foto: Matheus Afonso/Rede Amazônica

Mais de 2 mil propriedades são acompanhadas pela Idaron em Rondônia por conta da doença. O transmissor da doença é o morcego hematófago, que se alimenta de sangue.

O ponto escolhido foi uma gruta na região de Espigão D’Oeste (RO), a 600 quilômetros de Porto Velho. Nessa área dezenas de ataques já foram relatados por moradores e um caso de raiva foi registrado.

Inicialmente os técnicos colocam redes na entrada da caverna. A ideia é que os morcegos se assustem com a presença humana e fiquem presos momentaneamente, até que os especialistas consigam identificar as espécies.

“Se a gente localizar alguma colônia com o morcego hematófago então trabalhamos com o controle delas para diminuir o número de ataques”, comentou Walerio Torchite, veterinário da Idaron.

Ao todo, 2.679 propriedades são acompanhadas pela Idaron por conta da doença. A tecnologia é uma aliada neste processo de monitoramento, como a representação em 3D da área que ajuda na localização de possíveis abrigos de morcegos (veja abaixo).

Tecnologia ajuda no monitoramento da raiva bovina em Rondônia
Tecnologia ajuda no monitoramento da raiva bovina em Rondônia

SINTOMAS

Conforme a doença evolui, se observam alguns sintomas no animal, como:

  • Perda de apetite
  • Inquietação
  • Andar cambaleante
  • Salivação intensa
  • Fezes secas e escuras

A vacinação ainda é a melhor defesa contra a doença. Ela pode ser feita a partir dos três meses de idade. Atualmente no estado de Rondônia, mais de 1,3 milhão de animais já estão imunizados contra a raiva.

A NOTIFICAÇÃO

Antes de todo o trabalho acontecer é necessário que o produtor faça a notificação para a Idaron começar a investigar. Como no caso de Valdivino Gomes que mora a pouco mais de 1 quilômetro do abrigo de morcegos. Ele já teve animais que apresentaram mordidas.

“Antes eu não era informado ainda né? Aí eu passei uma pomada uma vez [nos animais], mas não deu certo. Mas agora eu estou informado e quando eu vejo [mordida] eu comunico a Idaron pra ver o que está acontecendo”, disse Valdivino.

G1 – Rondônia


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