Os casos de raiva em bovinos registrados no primeiro semestre deste ano ultrapassaram o total de 2021 em Rondônia. Em apenas sete meses, sete casos foram confirmados, e em 2021 foram três.
Mais de 2 mil propriedades são acompanhadas pela Idaron em Rondônia por conta da doença. O transmissor da doença é o morcego hematófago, que se alimenta de sangue.
O ponto escolhido foi uma gruta na região de Espigão D’Oeste (RO), a 600 quilômetros de Porto Velho. Nessa área dezenas de ataques já foram relatados por moradores e um caso de raiva foi registrado.
Inicialmente os técnicos colocam redes na entrada da caverna. A ideia é que os morcegos se assustem com a presença humana e fiquem presos momentaneamente, até que os especialistas consigam identificar as espécies.
“Se a gente localizar alguma colônia com o morcego hematófago então trabalhamos com o controle delas para diminuir o número de ataques”, comentou Walerio Torchite, veterinário da Idaron.
Ao todo, 2.679 propriedades são acompanhadas pela Idaron por conta da doença. A tecnologia é uma aliada neste processo de monitoramento, como a representação em 3D da área que ajuda na localização de possíveis abrigos de morcegos (veja abaixo).
SINTOMAS
Conforme a doença evolui, se observam alguns sintomas no animal, como:
- Perda de apetite
- Inquietação
- Andar cambaleante
- Salivação intensa
- Fezes secas e escuras
A vacinação ainda é a melhor defesa contra a doença. Ela pode ser feita a partir dos três meses de idade. Atualmente no estado de Rondônia, mais de 1,3 milhão de animais já estão imunizados contra a raiva.
A NOTIFICAÇÃO
Antes de todo o trabalho acontecer é necessário que o produtor faça a notificação para a Idaron começar a investigar. Como no caso de Valdivino Gomes que mora a pouco mais de 1 quilômetro do abrigo de morcegos. Ele já teve animais que apresentaram mordidas.
“Antes eu não era informado ainda né? Aí eu passei uma pomada uma vez [nos animais], mas não deu certo. Mas agora eu estou informado e quando eu vejo [mordida] eu comunico a Idaron pra ver o que está acontecendo”, disse Valdivino.
G1 – Rondônia